Bolsonaro demite Mandetta do comando do Ministério da Saúde
Bolsonaro e Mandetta vinham se desentendendo sobre a crise gerada pelo coronavírus. Enquanto Mandetta defende o isolamento da população, Bolsonaro quer que seja aplicado apenas o “isolamento vertical” - para pessoas em grupos de risco, como idosos acima de 60 anos. O presidente já havia emitido críticas ao ministro dizendo que “pessoas do governo de repente viraram estrelas” e que “iria usar a caneta”.
O então ministro chegou a desafiar Bolsonaro e deu declarações, como em entrevista ao Fantástico, que desagradaram até mesmo o vice Hamilton Mourão e a ala militar do governo, que vinham tentando pacificar a situação.
A saída ficou ainda mais nítida após o epidemiologista Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, pedir demissão do cargo nesta quarta-feira (15). Em mensagem de despedida enviada a funcionários da pasta, Oliveira afirmou: "a gestão de Mandetta acabou e preciso me preparar para sair junto". E nesta quinta-feira (16) Mandetta confirmou a demissão no Twitter.
Quem assume o cargo é o médico oncologista Nelson Teich: ele se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta (16), tem apoio da Associação Médica Brasileira (AMB) e de empresários do setor de saúde.
Inclusive, espera-se que outros nomes da cúpula da AMB assumam funções estratégicas no Ministério da Saúde.
Gazeta do Povo
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