13/04/2020

E ONDE ESTÁ MOURÃO, COORDENADOR DO CONSELHO DA AMAZÔNIA?

Alertas de desmatamento na Amazônia batem recorde no 1º trimestre de 2020, diz Inpe

Março também teve incremento de 29,9%
nas emissões de alertas
Os alertas de desmatamento na floresta Amazônica bateram o recorde histórico para o primeiro trimestre de 2020, se comparado ao mesmo período dos últimos quatro anos, quando começou a série de monitoramento do sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020 foram emitidos alertas para 796,08 km² da Amazônia, aumento de 51,45% em relação ao mesmo período de 2019, quando houve alerta para 525,63 km². Em 2018 foram 685,48 km²; em 2017 foram 233,64 km² e em 2016 foram 643,83 km².

Os alertas de desmatamento servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já os dados oficiais de desmatamento são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgados uma vez ao ano.

A análise de dados comparativos por trimestre evita distorções sazonais que possam ser causadas pela leitura dos satélites, como a presença de nuvens de chuva, por exemplo.

Se compararmos o mês de março de 2020 ao mesmo mês de 2019, o aumento é de 29,9%, conforme noticiou o G1 na sexta-feira (10).

Os sinais de devastação não desapareceram nem mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

"Aumentou, talvez na expectativa de que a fiscalização ambiental não tivesse o mesmo fôlego durante a esse processo de expansão do coronavírus e com isso os indígenas foram cada vez mais expostos a esses invasores", afirma Hugo Loss, coordenador de operações de fiscalização do Ibama.

"A política de isolamento não chega necessariamente nas áreas rurais e especialmente nas regiões mais distantes dos grandes centros", afirma Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Com informações do G1

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