Ronaldinho e Assis admitem erro, mas ficam livres de acusação pelo Ministério Público do Paraguai
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Ronaldinho e o irmão Assis deixam a Promotoria contra o Crime Organizado após prestarem depoimento nesta quinta |
O Ministério Público do Paraguai decidiu não acusar Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, pelo uso de documentos falsos no país. A informação foi publicada pelo jornal “ABC Color” e confirmada ao GloboEsporte.com pela assessoria de imprensa da entidade. Os brasileiros admitiram erro e ficaram livres do processo. O MP considerou que ambos “foram enganados em sua boa fé”.
A promotoria decidiu usar o “critério de oportunidade”, recurso no Código Penal paraguaio que deixa livre de processo Ronaldinho e seu irmão. Ele é usado quando os suspeitos admitem o delito e não têm antecedentes criminais no Paraguai.
O caso, no entanto, irá ao Juizado Penal de Garantias do país e, portanto, a decisão final será de um juiz. Ao jornal “ABC Color”, o promotor Federico Delfino comentou a posição do MP.
“O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”, afirmou o promotor
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María Isabel Gayoso Esperanza e Apolonia Caballero foram detidas e acusadas pelo MP. Os documentos de Ronaldinho e Assis foram expedidos no nome delas e depois adulterados |
A promotoria, no entanto, acusou três pessoas: o empresário Wilmondes Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável pelos documentos falsos, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero.
O MP pediu a prisão preventiva de Wilmondes. Ele foi acusado especificamente por produção de documentos não autênticos, uso de documentos públicos de conteúdo falso e falsidade ideológica.
Segundo o “ABC Color”, outras pessoas e funcionários públicos também estão na mira da promotoria paraguaia. O caso provocou várias trocas de acusações entre autoridades do país e a renúncia do diretor de Imigração do Paraguai, Alexis Penayo.
Os passaportes e cédulas de identidade paraguaios do ex-jogador e de Assis foram expedidos ao nome de María e Esperanza e depois adulterados para possuírem os dados de Ronaldinho e o irmão. Ambas foram detidas e compareceram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado na noite desta quinta, mas permaneceram em silêncio no depoimento, assim como Wilmondes.
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