Os traumas e a luta por justiça de uma vítima de abuso de um padre
![]() |
Lucas Grudzien, hoje com 22 anos: abusado por um padre entre 14 e 16 anos. Ele fez BO e denúncia formal ao Vaticano, mas o religioso segue atuando dentro da Igreja Católica |
Lucas Grudzien tem 22 anos de idade. Desde 2009, convive com a dor, angústia e frustração de ter sido vítima de abuso por parte de um padre — amigo de sua família e considerado como um exemplo a ser seguido. Nascido na periferia do Guarujá, litoral de São Paulo, desde pequeno frequentou a igreja com seus pais, uma dona de casa e um militar. Familiarizado com o ambiente sacerdotal e com expectativa de seguir carreira religiosa, aos 12 anos o menino se matriculou em um curso de formação de coroinha. Tudo corria bem na rotina casa-escola-igreja até a chegada de um novo pároco, tido como “mais jovem e moderno”, para tomar conta da Igreja Comunidade São João Batista. O nome dele: Edson Felipe Monteiro Gonzalez, então com 29 anos. Sabendo da devoção e participação da família Grudzien na igreja, o padre Felipe, como é conhecido, foi até a casa deles com uma proposta irrecusável: convidar Lucas para trabalhar na casa paroquial. O garoto cursava o início do ensino médio e agarrou a oportunidade, até para poder ajudar os pais com as contas. A sua atribuição: organizar a documentação da igreja.
![]() |
O coroinha Lucas ao lado de Padre Felipe na ocasião do casamento de Maria Antonieta Brito, então prefeita do Guarujá, em dezembro de 2012: terapia para vencer o trauma (Acervo Pessoal/VEJA) |
Semanas após o início do expediente, realizado no período da tarde, padre Felipe chamou o seu novo funcionário para ver um filme na sala da casa paroquial depois que todos tinham ido embora. Para isso, Lucas teria de faltar à escola — o próprio padre ligou para a mãe do garoto para dizer que ele faltaria ao colégio por estar com excesso de trabalho. Alegou que o coroinha com excesso de trabalho.
Clique no link abaixo e veja toda matéria:
Nenhum comentário:
Postar um comentário