17/07/2019

UERN É OBRIGADA A PAGAR SALÁRIOS DE PROFESSORES QUE OCUPAM CARGOS NO EXECUTIVO

Governo sanciona lei determinando que UERN pague salários de professores que ocupam cargos no Executivo

Sem perspectivas de negociar um acordo com os professores e retomar a normalidade, a Uern tem garantido, apenas, as aulas para as turmas de pós-graduação
A governadora Fátima Bezerra sancionou, nesta quarta-feira (17), lei que permite a utilização de professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) em cargos comissionados com ônus para a universidade. A proposta, de autoria do Executivo, foi aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa e teve a sanção publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Estado.

Pela nova lei, os docentes do ensino público superior do Estado cedidos para órgãos e entidades do Executivo para o exercício de cargos comissionados, quando optantes pela remuneração do cargo efetivo, receberão o salário acrescido do auxílio-saúde, do adicional de incentivo à atividade de ensino superior e das demais vantagens inerentes ao Plano de Cargos e Salários dos docentes da UERN, inclusive a vantagem relativa à dedicação exclusiva, caso inseridos no respectivo regime.

Já para os casos em que os professores forem cedidos para ocuparem cargos comissionados em outros Poderes e órgãos autônomos do Estado, assim como para a União ou outros estados e municípios, os professores poderão optar pela remuneração do cargo efetivo, caso em que perceberão o vencimento acrescido das vantagens. No entanto, o o ônus da remuneração ficará com o órgão ou entidade que receber o servidor.

Na semana passada, os parlamentares que votaram favoravelmente ao projeto defenderam que a proposta visa valorizar os profissionais e que faz com que o Estado aproveite a mão de obra de profissionais formados pela universidade pública potiguar. Contudo, por outro lado, parlamentares criticaram a iniciativa devido à saída de professores das salas de aula para cumprirem outras atividades no Executivo, além de que o valor gasto com as mudanças (aproximadamente R$ 70 mil por 17 profissionais) ficaria a cargo da própria instituição. Apesar disso, a matéria foi aprovada por maioria, com votos contrários dos deputados Kelps Lima (SDD), Galeno Torquato (PSD) e Cristiane Dantas (SDD).

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