Sesap recomenda que escolas do RN suspendam passeios e aulas de campo
O diretor geral do Hospital Giselda Trigueiro, referência regional no tratamento de doenças infecto-contagiosas e no atendimento de pessoas atacadas por animais peçonhentos, expediu ofício na última terça-feira (16) solicitando que a Secretaria Estadual de Educação do RN recomende aos gestores de escolas públicas e particulares do Rio Grande do Norte que evitem atividades pedagógicas em locais onde haja maior risco de ataques por animais peçonhentos ou transmissores da raiva. A razão é a falta de soro antiofídico, e soro antirrábico.
O documento é assinado pelo diretor do Giselda Trigueiro, o médico André Prudente. “Preocupa-nos o fato de recebermos frequentes questionamentos de pais relatando que a escola de seus filhos está organizando visitas ecológicas, piqueniques, passeios ou quaisquer outras modalidades pedagógicas em matas ou parques, incluindo os urbanos. Entendemos que, apesar de importantes, estas atividades expõem os alunos a um maior risco de contato com os supracitados animais, justamente em um momento onde não há garantia de tratamento contra suas agressões”, escreveu, no ofício número 2/2019/Sesap – HGT.
O documento, além de externa a necessidade de alerta às instituições de ensino, expõe os motivos porque a rede de saúde está sem esses soros. Justifica que o Brasil enfrenta um grave desabastecimento de soros antivenenos e antirrábicos, algo amplamente divulgado e oficializado pelo Ministério da Saúde através da Nota Informativa nº 40/2019.
A falta das substâncias se deve à diminuição da produção pelos três laboratórios responsáveis, por não terem se adaptado em tempo hábil às “Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos”, que são normas editadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na RDC nº 17 de 16 de abril de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário