Denúncias contra presidente do PSL irritaram Bolsonaro

De acordo com reportagens da revista ‘Crusoé’ e do jornal ‘Folha de S. Paulo’, Bivar apresentou à Câmara e ao Tribunal Superior Eleitoral notas fiscais de duas empresas que vendem esse tipo de documento. O deputado não respondeu às tentativas de contato feitas pelo Estado.
Na manhã deste sábado, Bolsonaro discutiu o assunto com o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e os advogados Karina Kufa e Antônio de Rueda. Kufa atuou na defesa do presidente durante as eleições e advoga para o PSL nacional, já Flávio e Rueda presidem o diretório do PSL do Rio de Janeiro e de Pernambuco, respectivamente. O encontro ocorreu no Palácio do Alvorada e durou cerca de duas horas.
Segundo deputados e interlocutores do presidente ouvidos pelo Estado, Bolsonaro tem afirmado não compactuar com as denúncias sobre o PSL. O presidente chegou a dizer ser insuportável pertencer a um partido com escândalos.
Alguns aliados de Bolsonaro defendem que Bivar deixe o comando da sigla. Se isso não acontecer, uma das saídas legais passaria por uma iniciativa dos parlamentares que poderiam protocolar uma representação contra Bivar para convocar uma convenção partidária e realizar novas eleições internas.
Questionado sobre uma possível saída de Bivar do PSL, o presidente desconversou. “Não sei de nada, não”, falou a jornalistas no início da noite ao deixar o Palácio do Alvorada em direção à Granja do Torto.
Apesar do desconforto causado pelas suspeitas de irregularidades, a bancada do PSL no Congresso ainda não demonstrou que pretende apoiar o movimento para afastar Bivar do comando.
Estadão Conteúdo
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