Brasil é ultrapassado pelo Paquistão e cai para 6° no ranking de países mais populosos do mundo
A população paquistanesa superou a brasileira em números há dois anos. Ao fim de 2017, a nação asiática alcançou a marca de 207.906.000 habitantes, enquanto o Brasil somava 207.834.000. Segundo as estimativas do WPP, os paquistaneses devem fechar o ano de 2019 com 216.565.000 habitantes, em média, frente aos pouco mais de 211 milhões de brasileiros.
Na avaliação do professor José Eustáquio Alves, pesquisador e doutor em demografia, não há razões para se preocupar:
— Eu não acho isso ruim. O Brasil já tem uma população grande, apesar de um território igualmente expressivo. Acho muito mais complicada a situação do Paquistão e da Nigéria (que deve ultrapassar o Brasil até 2100). São países pobres, sem recursos naturais.
Nas projeções da ONU, a população passará a encolher a partir de 2045, quando atingirá o ápice de 229.605.000 brasileiros. A redução se dará de maneira gradual ao longo da segunda metade do século. O documento das Nações Unidas aponta que, em 2100, o Brasil terá 180,6 milhões de habitantes — o mesmo patamar dos anos 2000.
— O que está acontecendo com a população mundial e na maioria dos países é que a taxa de fecundidade tem caído desde o século XX, enquanto a expectativa de vida está aumentando. Isso provoca uma mudança na estrutura etária. A base da pirâmide se torna estreita. Em um primeiro momento, o meio da pirâmide cresce e, no longo prazo, o topo. É o processo de envelhecimento populacional — explica Alves. — Além disso, o Brasil é um dos países que terão o envelhecimento mais rápido. Lá para 2080, teremos mais idosos acima de 80 anos do que crianças e jovens de até 14 anos. É um envelhecimento muito profundo e muito rápido.
O GLOBO
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