Seguro obrigatório tem 12 mil tentativas de fraude em um ano
Entre os casos de fraude apontados pela reportagem estão de "baleados registrados como vítimas de trânsito, uma mãe que fez a falsa declaração de que sua filha estava paraplégica e um professor de artes marciais dando aulas práticas quando, ao menos na teoria, deveria estar se recuperando de uma fratura exposta".
Segundo dados da seguradora Líder, citados pela Folha, a identificação dessas fraudes gerou a economia de R$ 70 milhões ao fundo do DPVAT. A Líder é responsável pela administração deste seguro público.
O DPVAT garante uma cobertura para todo brasileiro que se envolver em um acidente de trânsito com veículo automotor, seja pedestre, passageiro ou motorista, tem direito a indenização. Os recursos saem de um fundo abastecido com o pagamento, pelos donos de carros, da taxa de seguro obrigatório pago por todos os condutores.
Os seguros cobrem casos de morte, invalidez ou despesas médicas e podem chegar a pagar R$ 13.500 ao acidentado ou à sua família.
"Para identificar essas irregularidades, a seguradora diz montar um gigantesco banco de dados com os pedidos. Cada um deles traz informações do acidentado, dos médicos que o atenderam e detalhes da dinâmica do acidente. Mais de 200 critérios são analisados com a utilização de algoritmos específicos", informou a FSP.
As auditorias verificaram se um mesmo motociclista pede diferentes vezes o mesmo seguro. Ou se um médico emite muito mais laudos de vítimas de trânsito do que conseguiria atender.
"Pelos cálculos da Líder, 62 pessoas foram condenadas e 23 presas, em 39 processos em todo o país. Além disso, houve 33 cancelamentos, suspensões ou cassações de registros em órgãos de classe como conselhos de medicina e de fisioterapia", informou a reportagem.
TN
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