20/08/2018

O FIASCO DA TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

Em 2 anos e meio, 458 presos romperam tornozeleiras eletrônicas no RN; sem o dispositivo, 1.800 fugiram do semiaberto

No RN, presos do semiaberto começaram a usar tornozeleiras eletrônicas em fevereiro de 2016 (Foto: Polícia Civil )
Em 2 anos e meio, 458 tornozeleiras eletrônicas foram rompidas no Rio Grande do Norte. Neste mesmo período, mas sem o uso do dispositivo, o número é ainda mais alarmante: 1.800 presos deixaram de obedecer as regras do regime semiaberto e também se tornaram fugitivos da Justiça. Significa que, em 30 meses, pelo menos 2.258 detentos que deveriam estar sob algum tipo de vigilância ou controle do Estado voltaram à condição de procurados.

Os dados acima foram repassados ao G1 pelo juiz Henrique Baltazar Vilar dos Santos, titular da Vara de Execuções Penais de Natal, após acesso à Central de Monitoramento Eletrônico da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc).

"Hoje, cada tornozeleira custa R$ 192 por mês aos cofres do Estado. Esse valor deve representar pouco mais de 10% do custo de cada preso do semiaberto que não é monitorado eletronicamente", destacou Henrique Baltazar.

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