Tribunal mantém, por maioria, condenação de Eduardo Azeredo
Com voto do desembargador Adílson Lamounier, foi formada maioria por 3 a 1 no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) contra os embargos infringentes apresentados pela defesa do ex-governador do estado Eduardo Azeredo (PSDB), condenado a 20 anos e 1 mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no chamado Mensalão mineiro. Ainda existe a possibilidade de mais um recurso da defesa. O julgamento ocorre na 5ª Câmara Criminal da Corte. O relator do processo, Júlio César Lorens, afirmou, em seu voto, que a campanha de Azeredo foi a principal beneficiária de recursos públicos.
Os desembargadores Pedro Vergara e Adílson Lamounier votaram no mesmo sentido. “Azeredo desviou os recursos juntamente com outros integrantes do governo”, disse Vergara. O revisor, Alexandre Victor de Carvalho, acolheu os embargos.
A sentença inicial prevê cumprimento da pena somente após esgotados os recursos na Justiça em Minas. Segundo o procurador Antônio Padova Marchi, “provas dos autos mostram que a campanha funcionou como uma espécie de laboratório para esquema de corrupção que se alastrou pelo meio político”. Marchi disse, ainda, que Azeredo influenciou as decisões sobre os repasses de recursos.
Em sustentação, o advogado de Azeredo, Castellar Modesto Guimarães Filho, disse que depoimentos mostraram que servidores tinham autonomia para decidir sobre o destino dos recursos. “A figura do ex-governador não aparece em momento algum”, afirmou Castellar. “E, se não houve peculato, não houve lavagem de dinheiro”, acrescentou o advogado.
Metrópole
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