Contra impeachment, Dilma negocia cargos que podem movimentar R$ 38 bilhões
As mudanças no segundo escalão
do governo, em busca de votos para brecar o impeachment da presidente
Dilma Rousseff, envolveram a negociação de cargos que podem movimentar
até R$ 38 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, dos quais R$ 6,2
bilhões são investimentos. Chamado de “repactuação” da base pelo governo
e de “balcão de negócios” pela oposição, o processo se acelerou após
rompimento oficial do PMDB com Dilma e às vésperas da votação do
afastamento da petista pelo plenário da Câmara.
A estratégia do governo é fidelizar
apoios ou ao menos garantir abstenções na votação no plenário da Câmara
de partidos médios e pequenos como PP, PROS, PDT e PTN, ou até mesmo
dentro do próprio PMDB – sigla do vice-presidente Michel Temer, cujos
aliados trabalham para levá-lo ao Palácio do Planalto também com a
promessa de cargos. Mesmo com o contingenciamento no Orçamento que
proíbe temporariamente o uso de parte dos recursos de investimento, os
órgãos de segundo escalão têm sido cobiçados pelas siglas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário