19/04/2016

A PROBLEMÁTICA DA RELATORIA NO SENADO

PT reage a acordo para ter PP na relatoria do impeachment no Senado

142564A bancada do PT no Senado reagiu nesta segunda-feira (18) a um acordo traçado entre a oposição e setores do PMDB para indicar a senadora Ana Amélia (PP-RS) como relatora do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. Para os petistas, a senadora não tem isenção para conduzir o caso porque o PP fechou questão em favor da saída da presidente, inclusive com a ameaça de expulsão dos parlamentares que votarem contra a deposição.
“Nesse caso aqui somos juízes. Precisa ser alguém que tenha imparcialidade. E Ana Amélia não pode ser porque não tem imparcialidade. Ela já indicou o voto há muito tempo”, disse Lindbergh Farias (RJ) ao fim da reunião. Segundo o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE), o PT pode até não indicar um correligionário para o posto mas vai fazer questão de participar do processo de escolha. Já o senador Jorge Viana (AC), vice-presidente do Senado, afirmou que tal escolha seria uma “precipitação” da Casa.
“Se o Senado se precipitar, como a Câmara fez, um jogo de carta de marcada, aí não tem sentido. Prefiro acreditar que aqui a serenidade vai prevalecer e não haveremos de conviver com atalhos em um processo tão delicado como esse”, disse. Os petistas acusam o senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, de querer “passar o trator em cima de todo mundo”. O peemedebista tem sido um dos principais articuladores entre a oposição para compor a comissão especial que será criada para discutir o impeachment.
Neste desenho, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) assumiria a presidência da comissão. “Romero Jucá agora quer mandar em tudo, na República, no Senado. Tem regras”, reclamou Lindbergh.

Folha

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