Vice do PMDB diz que relação com o governo está ‘se esfacelando’
Jucá afirmou que a relação com o governo veio piorando ao longo do
tempo. Ressaltou que chegou-se a cogitar uma reaproximação quando o vice
Michel Temer foi chamado para a articulação política. Afirmou, porém,
que não houve a parceria esperada.
— Da eleição para cá, esse processo de entendimento e parceria foi se
desconstruindo, se esfacelando. Alguns meses atrás foi dito que haveria
uma reaproximação, que o Michel Temer ia coordenar a parte política e
depois de algum tempo deu em água — disse Jucá.
O vice do PMDB afirmou que “setores majoritários” do partido defendem
o afastamento do governo e disse que o partido não pode ser culpado
pela crise econômica e pela falta de articulação política.
— O PMDB participa do governo, ajuda setorialmente, mas o PMDB não
tem ingerência na política econômica, que está destruindo o país, na
condução politica, que está desagregando a base. Temos hoje um momento
de dificuldade, de relevância, existem setores do PMDB que defendem a
continuidade do governo e existem setores majoritários que defendem o
afastamento — disse Jucá.
O peemedebista afirmou que diante das manifestações deste domingo
cabe aos políticos construir uma saída que atenda ao clamor popular.
— A gente não pode tapar sol com a peneira. O que ocorreu foi uma
demonstração de que o Brasil quer uma solução. Se os políticos não
tiveram competência de construir essa solução ela virá independente da
política — afirmou.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) destacou como positiva a decisão do
PMDB de esperar até 30 dias para decidir sobre o rompimento. Ele
afirmou que o partido é o principal ator da política nacional.
— O PMDB é o centro de gravidade da política do Brasil. Essa é a
verdade. E continuará sendo se continuar sendo conduzido com sabedoria e
equilíbrio — afirmou o tucano.
O Globo
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