Ex-prefeito de Taipu é condenado por improbidade em ação do MPF

Essa quantia terá de ser ressarcida aos cofres
públicos pelo ex-gestor e também pela Contrex – Construção, Irrigações e
Representações Ltda. e por um dos sócios da empresa, Anisiano Pereira
Alves. De acordo com o MPF, o processo licitatório foi forjado com o
intuito de destinar os recursos – provenientes de um convênio com o
Ministério da Integração Nacional – diretamente a Anisiano, através da
Contrex. Os réus já apelaram da sentença.
As investigações apontaram que a vencedora do
processo fraudado não foi a Contrex, mas sim a Construtora Cândido
Ltda.. No entanto, segundo seu proprietário, a Cândido não acompanhou
essa licitação e muito menos executou os serviços da barragem. Até mesmo
as notas fiscais apresentadas pelo ex-prefeito tinham assinaturas
falsas.
Ainda de acordo com o proprietário da Cândido, essas
notas e outros documentos da empresa foram fornecidos a Anisiano Alves,
que se apresentava como secretário de Obras de Taipu, mesmo não sendo
sequer funcionário da Prefeitura. Apesar de a licitação fraudada ter
apontado a Cândido como vencedora, os repasses foram todos feitos pelo
então prefeito à Contrex e os cheques sacados diretamente por Anisiano.
Tudo isso se soma a outras irregularidades, dentre as quais o pagamento
antecipado de todo o serviço, quando a barragem ainda não estava
concluída.
Pela decisão do juiz federal Hallison Bezerra, os
três condenados – o ex-prefeito, a Contrex e seu sócio -, além de
ressarcir o valor integral da obra, terão de pagar multa de R$ 13 mil,
cada, e ficarão dez anos sem poder contratar com o poder público.
Francisco e Anisiano poderão ter seus direitos políticos suspensos pelo
prazo de oito anos. A ação tramita na Justiça Federal sob o número
0007825-24.2009.4.05.8400.
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