O magistrado foi relator do processo que rejeitou as contas da campanha de 2014 do governador Geraldo Alckmin. Ao jornal, ele falou sobre o aumento do caixa dois. Para Lemos Jorge, a Justiça não tem estrutura para fiscalizar os candidatos. O juiz avalia, no entanto, que não será difícil identificar que o caixa dois vai aumentar.
“Quem está acostumado a fazer campanha com muito recurso vai ter dificuldade e provavelmente detectaremos aumento do caixa dois, isso é inegável. Até hoje, cerca de 90% das doações vinham de empresas”, explica ele, completando que “Hoje o país não tem estrutura para coibir [o caixa dois], não vamos matá-lo de uma hora para outra. Mas a cada operação ilícita que conseguirmos finalizar vamos tirar um candidato que atua assim”.