Henrique Alves continua no governo e Dilma oferece espaço ao PMDB “fiel”
O Planalto deflagrou nesta
sexta-feira (4) uma articulação emergencial para evitar que a saída de
Eliseu Padilha da pasta da Aviação Civil se transforme numa debandada
dos ministros do PMDB. Ofereceu a vaga de Padilha, um ministro da cota
do vice-presidente Michel Temer, à ala governista do PMDB da Câmara,
representada pelo líder Leonardo Picciani (RJ).
Fez-se, de resto, a pedido de Dilma, uma rodada de consultas para
verificar se algum outro ministro peemedebista cogita seguir os passos
de Padilha. Havia especial preocupação com dois: Henrique Alves
(Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). O primeiro, a exemplo
de Padilha, é amigo de Temer. O outro é visto como aliado do presidente
da Câmara. Na CPI da Petrobras, já encerrada, Pansera foi chamado pelo
doleiro preso Alberto Youssef de “pau mandado do Eduardo Cunha.”
Henrique e Pansera sinalizaram a intenção de permanecer no governo. O
mesmo ocorreu com os ministros Marcelo Castro (Saúde) e Helder Barbalho
(Pesca), filho do senador Jader Barbalho. Ao final de uma sexta-feira
tensa, os operadores políticos de Dilma pareciam mais sossegados.
Avaliaram que, por ora, está afastada a hipótese de um desembarque
coletivo dos ministros do PMDB.
Simultaneamente, o Planalto tenta evitar que o PMDB indique para a
comissão que analisará o pedido de impeachment representantes do pedaço
“infiel” da legenda, que trabalha para afastar Dilma e acomodar no lugar
dela o vice Temer.
UOL
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