Investigados pela Lava Jato financiavam garimpo ilegal em Roosevelt, diz PF
O monitoramento de dois envolvidos na Operação Lava Jato
levou a Polícia Federal (PF) a tomar conhecimento de que eles estavam
financiando a retomada do Garimpo Lage, mais conhecido como Garimpo de
Roosevelt, em uma das maiores jazidas de diamantes do mundo. O garimpo
está localizado nas terras dos índios Cinta-Larga, em Rondônia.
Segundo a Polícia Federal, para cada R$ 1 milhão financiado por eles,
dinheiro que era usado na compra de máquinas e combustíveis e no
pagamento de funcionário e indígenas, obtinha-se um retorno de R$ 6
milhões. “Ou seja, em seis meses, o potencial de retorno era R$ 12
milhões. Como isso vem sendo feito desde 2013, os valores podem chegar a
R$ 48 milhões. Mas esse é um número a ser confirmado”, disse o delegado
Bernardo Guidali Amaral, da Superintendência da PF em Rondônia. Ele é
um dos responsáveis pela Operação Crátons, deflagrada hoje (8).
Os nomes dos envolvidos não foram publicados para evitar prejuízos às
investigações. “Duas pessoas monitoradas na Lava Jato, em Brasília,
tiveram interceptação de ligações e e-mails. No decorrer das
investigações, vimos que eles estavam envolvidos com o financiamento da
atividade dentro do garimpo, adquirindo máquinas e contratando
funcionários. Depois de retirados, os diamantes eram enviados ao grupo
que financiou a atividade.”
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