Após ser acusada pelo vereador Júlio Protásio (PSB) de estelionato eleitoral, por ter supostamente não cumprido a promessa eleitoral de viver apenas com o valor equivalente ao de um professor, Amanda Gurgel reagiu (PSTU). A nobre parlamentar publicou em suas redes sociais um vídeo e um extrato de sua conta corrente com o saldo de pouco mais de R$ 3.600 reais. Segundo ela, a prova de que só recebe isso.

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Apesar da retórica forte, um extrato bancário, com a informação de transferência eletrônica, nada diz sobre o que foi feito com o restante dos seus vencimentos. Só deixa claro que, naquele momento, ela movimentou tais recursos. Um vereador recebe mais pouco mais de R$ 11 mil reais líquidos.
Amanda alega que o restante do dinheiro vai para o PSTU e movimentos sociais.
A ex-professora cometeu um erro político de estratégia, ao não empregar a devida publicidade, no passado e no presente, em relação ao destino de sua remuneração, pela promessa feita.
Por exemplo, Eleika Bezerra fez empenho semelhante durante a campanha. Ocorre que as instituições que recebem suas doações de salário fazem, junto com a vereadora, ampla propaganda sobre o ato.
Por enquanto, o que há de concreto em relação a Amanda Gurgel é apenas que ela recebe todos os vencimentos de vereadora como qualquer outro parlamentar.

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Caso queira demonstrar o contrário, deve mostrar as transferências e/ou notas fiscais para terceiros. Com isso, a destinação ficaria clara.
Por enquanto, a tese do “estelionato eleitoral” contra Amanda continua sem uma desqualificação satisfatória.

BOBAGEM
Dizer que não vai receber o salário não deveria ser encarado como projeto político. O vereador que faz suas atividades e foi eleito para a representação de parcela da sociedade tem direito aos seus vencimentos. A questão é que Amanda de fato fez esse discurso durante a eleição que a consagrou política profissional de uma instituição legislativa.

O Potiguar