16/09/2015

A MACONHA E SEUS DESENCONTROS

Médicos condenam liberação da maconha, mas professoras da UnB são a favor

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Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não conclui o julgamento sobre a legalização da posse de maconha para consumo próprio, já com três votos favoráveis e nenhum contra, o assunto foi debatido hoje (15) na Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, onde dois médicos condenaram a liberação da droga, mas uma professora de direito e uma especialista em drogas da UnB falaram a favor da medida. O objetivo do debate foi “encontrar alternativas para a sociedade sobre o assunto”, segundo  o deputado Assis Carvalho (PT-PI), que requereu a  audiência pública.
Segundo o representante do Conselho Federal de Medicina, Salomão Rodrigues Filho, um estudo feito na Suécia, com 50 mil adolescentes, demonstra que o uso de maconha multiplica a possibilidade de o usuário desenvolver esquizofrenia. “Metade desses adolescentes, que não usaram maconha, tiveram uma psicose de natureza esquizofrênica no mesmo índice que a população geral, 1%. Para os outros 25 mil, que usaram maconha uma vez por semana, o índice subiu para 3,1%. Então, liberar a maconha é abrir uma fábrica de esquizofrênicos, que é uma doença incurável”, disse Salomão.
Para ele, o consumo de drogas é o maior problema de saúde e segurança pública no Brasil e vai estimular o tráfico de drogas no país. “A descriminalização do porte de maconha para o próprio consumo aparentemente não tem um significado maior, mas vai ser um divisor de águas e vai funcionar para a população como uma liberação para o uso geral. Não há autorização para venda, mas há para a pessoa comprar e portar. Se tem quem compra, tem quem vende, e quem vende é o traficante”, disse o médico.

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