Planalto conta votos no Senado e confia em Renan para barrar impeachment
Diante do apoio recebido na Câmara dos Deputados pelo movimento em
favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto
passou a apostar no Senado como a última e mais segura barreira para
evitar a interrupção deste segundo mandato da petista.
O Senado é responsável por dar seguimento ao processo após a Câmara
dos Deputados autorizar sua abertura. Na quinta-feira passada, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de
impeachment assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O texto conta com o apoio de uma frente de oposição e foi considerado
reservadamente pelo Palácio do Planalto como sendo o mais bem
fundamentado e consistente entre os 13 que atualmente estão na Casa.
Por causa disso, anteontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
se reuniu com Cunha para pedir a ele que não leve adiante o pedido,
tamanha a preocupação com essa possibilidade. No entanto, o diagnóstico
do Planalto é de que o presidente da Câmara, rompido com a presidente
Dilma, não deverá acatar o pedido de Lula.
Diante dessa adversidade, os governistas mapearam o apoio a Dilma no
Senado e já iniciaram o corpo a corpo com a base de apoio à
presidente. Desde o retorno do recesso parlamentar, no início de agosto,
o governo melhorou suas relações com o presidente da Casa, senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), o que favorece as articulações.
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