Irmão de Dirceu recebeu ‘mensais de R$ 30 mil’ de operador de propinas

Ele disse que o lobista “começou a pagá-lo de forma espontânea, a título de ajuda para despesas variadas”.
O “mensalão” para o irmão de Dirceu é um dos motivos que levaram o
juiz federal Sérgio Moro a decretar nesta sexta-feira, 7, a prorrogação
da prisão temporária de Luiz Eduardo por mais cinco dias – ele foi preso
na segunda-feira, 3, mesmo dia em que o ex-ministro foi preso
preventivamente.
Luiz Eduardo declarou ter ficado “incomodado com a justificativa” (de
Pascowitch), por isso teria indagado do lobista sobre a forma como
seriam quitados aqueles valores. Pascowitch teria dito ao irmão de
Dirceu que “a pendência seria resolvida posteriormente”.
Pascowitch é o pivô da prisão de Dirceu. Durante muitos anos eles
foram aliados. O lobista foi preso e fez delação premiada. Revelou a
rotina de pagamentos de propinas de empreiteiras para a empresa de
Dirceu. A PF suspeita que a JD Assessoria foi criada para captar
recursos ilícitos de empreiteiras supostamente favorecidas por ele em
contratos bilionários na Petrobrás. Em troca da delação, Pascowitch
ganhou prisão domiciliar.
O irmão do ex-ministro declarou que “não sabia a origem do dinheiro,
não tendo questionado Milton (Pascowitch) ou Dirceu sobre tal
circunstância”. Alegou que “não sabe” se o irmão solicitou que tais
valores fossem pagos por Pascowitch a ele. Em 2013, solicitou ao lobista
“que cessasse os pagamentos, pois aquela situação não poderia perdurar,
ainda mais pelo fato de que seu irmão havia sido preso” – naquele ano,
Dirceu foi para a Papuda, em Brasília, condenado no mensalão por
corrupção ativa a 7 anos e onze meses de prisão.
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