agripinoEnquanto o próprio PMDB, partido de Eduardo Cunha, virou as costas para ele, não o apoiando em sua decisão de ser oposição ao governo de Dilma Rousseff, o senador José Agripino, presidente nacional do Democratas, manifestou indiretamente apoio ao presidente da Câmara e viu no episódio uma nova oportunidade de demover do Planalto a presidente Dilma Rousseff.

A posição do senador potiguar, na visão do cientista político Antônio Spinelli, foi irresponsável e o diminui como parlamentar. “As declarações irresponsáveis de Zé Agripino demonstram que ele é uma figura menor, dando um apoio pessoal, e não partidário, a Eduardo Cunha, porque sequer o PMDB, o partido de Cunha, o apoiou”, declara Spinelli.

Agripino teria afirmado que a decisão de Cunha “abre as portas” para que um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff avance na Câmara, isso porque Cunha vinha se mantendo resistente à possibilidade de acatar pedido de afastamento da presidente.

Ele acrescenta que esse tipo de posicionamento odioso de Agripino contra o governo do PT, somado a outras situações poderão resultar como consequência para o potiguar a perda do mandato em 2018, quando haverá eleição para o Senado.

“Ele corre o risco de perder a eleição para o senado. Provavelmente vá ser despedido pelo patrão que é o povo. Basta uma figura significativa se candidatar para a disputa contra ele”, conclui.