ReproduçãoA análise das contas de governo pelo Tribunal de Contas, que preocupa o Palácio do Planalto por causa das “pedaladas fiscais”, até hoje nunca levou a maiores consequências nos Estados.
A rejeição das contas estaduais é medida rara nos Tribunais dos Estados, mesmo quando envolve governos com base política enfraquecida ou gestões de suspeitos de casos de corrupção.
Nos últimos anos, entre os poucos registros de rejeição, há o caso de José Roberto Arruda, que teve as contas de 2009 desaprovadas no Distrito Federal. À época no DEM, acabou cassado em meio a um escândalo que resultou em sua prisão por três meses.
O Tribunal de Contas do Tocantins também não aceitou a prestação anual de dois governadores, em 2009 e 2010. Os dois ainda estão na ativa: Marcelo Miranda (PMDB) voltou a governar o Estado e Carlos Gaguim (PMDB) é deputado federal.
A cada ano, os Tribunais de Contas são obrigados a elaborar um parecer sobre os gastos e procedimentos do governo. O resultado dos TCEs é encaminhado às Assembleias Legislativas, que referendam ou não o posicionamento do órgão.

Folha de S.Paulo