Cunha pede ao STF suspensão de processo em que é citado por delator
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu
hoje (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da ação penal em
que ele foi citado por Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava
Jato. A questão será decidida pelo presidente do STF, Ricardo
Lewandowski, devido ao período de recesso na Corte.
Na semana passada, Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, disse, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. Durante a oitiva, Camargo comprometeu-se a falar a verdade por ter assinado acordo de delação premiada.
Os advogados pediram a suspensão do processo por entender que cabe ao
Supremo presidir o inquérito, em função da citação do presidente da
Câmara, cujo cargo tem prerrogativa de foro. Cunha já é investigado em
um inquérito aberto no STF para apurar se apresentou requerimentos para
investigar empresas que pararam de pagar propina.
Na ação em que Cunha foi citado, são réus o ex-diretor da Área
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o doleiro Alberto Youssef, o
empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, acusado de
arrecadar propina, e Júlio Camargo.
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