Investigação põe ministro da Saúde na mira da Procuradoria
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, avalia a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que envolvem o ministro Alexandre Padilha, um dos nomes do PT cotados para disputar o governo do Estado de São Paulo nas eleições do ano que vem.
Dois convênios da Universidade de Brasília (UnB) com o Departamento de
Saúde Indígena firmados em 2004 são alvo da investigação. Naquela época,
Padilha comandava o órgão da Funasa e teria mantido repasses de
dinheiro público para a UnB mesmo após a identificação de fraudes nos
serviços.
"O atual contexto probatório dos autos indica que Alexandre Padilha
possuía significativo poder de decisão sobre a política de terceirização
da Funasa por via de convênios e que, efetivamente, em uma reunião
ocorrida na Casa Civil da Presidência da República, foi decidida a
manutenção do convênio, nada obstante as notícias de irregularidades,
inclusive de falta por inexistência de serviços pelos quais houve o
pagamento resultando num prejuízo de pelo menos R$ 300 mil", afirma
relatório do Ministério Público no Distrito Federal.
Em novembro de 2011, quando os procuradores concluíram que havia
indícios suficientes contra Padilha, o caso acabou remetido para a
Procuradoria-Geral da República, pois o petista já era ministro da Saúde
e tinha prerrogativa de foro.


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