ARTIGO: CRÉSIO TORRES

POR: Crésio Torres

Aos meus opositores COM CARINHO!

Caríssimos cidadãos de correntes distintas de pensamentos políticos. Não quero declarar uma guerra, gostaria apenas de poder continuar exercendo o meu direito a liberdade de expressão.

A inimizade é um sentimento amargoso que eu abomino. E se Deus em sua infinita generosidade ouvir as minhas preces, não permitirá que este asqueroso sentimento invada os nossos corações. Pedirei sempre a intervenção divina no sentido de preservar a minha boa convivência com os meus amados conterrâneos, e o que tem de “mais precioso” na vida, o grande e inquestionável sentido da vida: A preservação do amor aos homens da grande família humana. “Que vivamos em paz”, apesar de nossas diferenças, sempre em comunhão! Pois tenho a plena convicção, que somos elos da mesma corrente, a divinal suprema corrente humana. Então peço humildemente que preservemos acima de tudo o respeito ao próximo, a caridade da compreensão, a divina sabedoria, e principalmente, o sublime amor, sentimento majestoso, que nos salva de todas as formas.

 Peço perdão! Se o meu sentimento de indignação, chegou a um ponto de agudeza capaz de feri-los, não foi a minha intenção! Gostaria de dizer que quando a indignação se agiganta dentro de mim, a um ponto que o meu peito não parece comportar e suportar, fica difícil moderar o tom deste sentimento que faz arder o meu âmago, descompassando o meu romântico coração de ceará-mirinense, louco desvairado por nossa terrinha natal.  

“Numa democracia a “indignação” é um direito sagrado, porém devemos dizer  nunca ao ódio. Sei conscientemente que: A “ira” é um sentimento que pertence a Deus! Não a mim pobre mortal”.

Numa democracia a indignação é um direito sagrado, e quando ela acontece, normalmente ela é grito! Grito que naturalmente explode do peito como numa erupção vulcânica, chegando as suas efervescentes larvas, lamentavelmente, atingir pessoas amadas, sem intenção consciente. Gostaria de lembrar o pensamento do Martin Luther King, que nos alertou que:

“Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa”. 

Não quis declarar uma guerra para gerar inimigos, apenas quis expressar a minha modesta opinião e demonstrar a minha autenticidade, somente não quis ser omisso! Aprendi com Santa Laura de Vicuña (Vicunha), que “jamais devo passar pelo o meu semelhante com indiferença”. Mas ás vezes eu sinto, que sou tão incompreendido e trucidado como muitos mártires de nossa história mundial. Mártires que tentaram com todas as suas forças seguirem as determinações e o exemplo inigualável do nosso mestre maior JESUS CRISTO, que nos pediu para não nos calar diante das injustiças óbvias que vitimam, em especial os mais humildes e desprovidos de cultura, educação e do imprescindível. E que na grande maioria, por sentir medo dos mais fortes e dominantes, falta-lhe forças e coragem para se indignar, somando-se ao medo, muitas vezes falta-lhe a difícil capacidade de dar cor e formas aos sentimentos, ou seja, a incapacidade de verbalizar a sua dor e sofrimento íntimo.  

Não é ódio!

(Nem tampouco razões pessoais)

Tenho algumas razões, mas “não pessoais”, que me dilaceram, me talham por dentro, como fios de amoladas navalhas. Razões que destroçam a minha alma e o meu espírito, razões oriundas de constatações frisantes que geraram, “não o meu ódio”, mas a minha indignação. A indignação este sentimento de exaltação, nada cômodo, que aflora em nós, quando excitado por uma afronta, uma ação vergonhosa, ou uma injustiça ácida e mordaz.

Quem me conhece sabe, que eu tenho a grande tendência de preferir elogiar as criaturas de Deus. Adoro redigir exaltações sobre virtudes humanas, que destaquem os bons valores dos cidadãos, em especial dos cidadãos da minha terra, que vivo estão e aos que já foram. Faço isto constatemente em nossa querida cidade. É muito mais leve (Light) pra o meu romântico e já tão conhecido coração poético! Mas quando o sentimento de indignação invade o meu ser, eu não consigo controlá-lo (E creio que não devo) me abster de tentar, com a minha modesta capacidadede de escrever, de compor, e atuar, num esforço hercúleo, conforme as minhas convicções, de ser a voz dos que não tem voz! Somando esforços nas fileiras dos que reagem: Ao medo, a intolerância, a repressão, e as injustiças sociais.

Não é autopromoção!

Acreditem! Querido amigos e estimadíssimos familiares da minha grande família ceará-mirinense. Não tenho intuito de me autopromover, dizendo que sou alguém com valores distinguidos e mais especiais. Não quero enfatizar que sou mais sentimental do que os outros, nem tampouco, achar que sou demasiadamente inteligente, e que tenho visão mais aguçada do que a grande maioria, principalmente daqueles que pensam diferentes de mim, não, apenas quero declarar que eu sou mais um, entre tantos, desesperados sonhadores de um futuro sem grades. Alguém que tenta exercer a minha cidadania, expressando a minha fidedigna e modesta opinião. Um homem, simplesmente um homem! Que mesmo correndo sérios riscos, tenta defender os seus pontos de vistas, assumindo publicamente os nobres ideais em defesa da sociedade, e seus digníssimos semelhantes, seus amigos, sua gente, sua sacrossanta família. “Um ser perfeito, como todos nós seres imperfeitos”.

Característica das almas dos artistas

Não estou querendo demonstrar que sou alguém diferenciado, mas, compreendam-me!  Talvez seja uma característica das almas dos artistas, que por terem as emoções sempre excessivamente afloradas, se afligem mais, sofrem mais, consequentemente grita muito mais, e por vezes, não controla a estridência e argúcia do seu grito. E como diz o Dr. Augusto Cury em seus livros que tecem sobre os considerados “supersensíveis”: em outras palavras, são como termômetros aferindo as febres emocionais sociais.  Outro escritor já se reportou aos artistas como “a antena da raça”.

POR FAVOR ACREDITEM!

Quando o diálogo não se torna possível, eu prefiro silenciar, para não provar do travoso e indigerível fel da inimizade e da cólera. Sou um pacifista diplomático incurável, não um construtor brutal de engenhos destruidores. Um pacifista que acredita piamente, (e por isto me acham até ingênuo) que: A verdadeira vocação das mãos do homem, até mesmo as mãos dos que se digladiam,  é semear flores, é serem codiais e fraternas.

Recebam com grande carinho, o meu fortíssimo abraço!

Respeitosamente e cordialmente,

 
Crésio Torres