PROPINA EM EXTREMOZ

Vereador denuncia que em Extremoz, “Habite-se” só com propina

Para executar projetos de construção de moradias na cidade de Extremoz não é necessário apenas cumprir as exigências legais, segundo empresário, que preferiu não se identificar temendo retaliações, para que os documentos que possibilitam a legalização (Característica e Habite-se) sejam liberados é necessário que o interessado compareça ao gabinete do secretário de Administração e Finanças, Antônio Lisboa Gameleira onde existe uma relação dos processos, prontos para liberação, mas que só é feita mediante pagamento de propina.

As denúncias foram repassadas ao jornal O Extemoz pelo vereador Waldemir Cordeiro, o “Mica”.”Fui procurado por dois empresários, não direi os nomes agora, mas se o Ministério Público me chamar informarei.”, afirmou Mica.

Segundo o vereador, dois construtores lhe fizeram o seguinte relato: “estivemos na Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, e o secretário Fabio Góis, que leciona a disciplina de Legislação, num curso de pós-graduação, em uma universidade particular, informou que o processo estava pronto, mas o prefeito tinha feito uma portaria na qual ordenava que todos os processos voltados à construção civil tinham que ser analisados pelo secretário de Administração e Finanças, Antônio Lisboa Gameleira. Quando procurei informações no Gabinete Civil, fui recebido pelo chefe do Gabinete Civil, Adriano Veras Batista, que informou que não poderia resolver o problema,que eu deveria falar com Antônio Lisboa, e que este possuía uma relação dos processos, para contribuir na campanha eleitoral, deixando a entender que só liberaria meus processos se fizesse uma doação à campanha”, afirmou indignado o vereador.

Ainda segundo o vereador, o empresário informou ainda que, “foi novamente ao secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, ele me informou que só o prefeito resolveria. Reclamei como eles estavam fazendo isto com um trabalhador que gera empregos e renda ao município eu não estava pedindo favor só o que tinha direito. Depois de muito reclamar falei que iria à Promotoria relatar este fato, no dia seguinte um funcionário da Prefeitura me procura informando que meus processos estavam liberados”, informou o denunciante.

O vereador ainda questiona, “como a prefeitura incentiva o desenvolvimento da construção civil no município agindo desta forma, e demorando quase 60 dias para entregar um alvará de construção? Por que os municípios vizinhos São Gonçalo, Macaíba e Ceará-Mirim liberam em 15 dias a mesma documentação. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo tem dois pesos e duas medidas como se explica a construção de200 casas,do Governo do Estado sem alvará, em áreas verdes e sem documentação?, pergunta indignado.

Procurado pela reportagem de jornal O Extremoz, o secretário Fábio Góis afirmou “que não tinha conhecimento da cobrança de propina. Que o ritual de análise de documentos pelo Gabinete Civil não ocorria apenas com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, mas também com as demais secretarias”, finalizou.

JH