Com base na Lei 12.527, conhecida como Lei de Acesso a Informações,
solicitei ao Ministério Público do RN dados e informações não
protegidas por segredo de justiça ou sob sigilo referentes à
investigações da Operação Assepsia.
Meu pedido foi deferido e recebi uma série de depoimentos prestados aos promotores do patrimônio público. Não os li todos ainda, mas já vi coisas muito interessantes.
Meu pedido foi deferido e recebi uma série de depoimentos prestados aos promotores do patrimônio público. Não os li todos ainda, mas já vi coisas muito interessantes.
Coodenador financeiro
Francisco
de Assis Rocha Viana é um dos investigados pela Operação Assepsia, na
qual o Ministério Público do RN investigou contratos de gestão assinados
pela prefeitura de Natal com Organizações Sociais para administração de
unidades hospitalares. Assis foi diretor administrativo e financeiro
da empresa de limpeza municipal (Urbana) antes de assumir a coordenação
financeira da Secretária Municipal de Saúde. O coordenador chegou a ser
preso temporariamente.
Assis tem uma relação antiga com a família da prefeita Micarla de Sousa (PV) e era gerente financeiro da TV Ponta Negra, de propriedade da família de Micarla, antes de assumir os cargos na prefeitura.
O Ministério Público identificou pelo menos uma transferência de R$ 1 mil da conta de Assis para a conta da prefeita Micarla de Sousa. Perguntado sobre isso, o investigado disse que isso não tinha nada a ver com o caso investigado. No entanto sua explicação levanta outras dúvidas: segundo Assis, "isso aconteceu porque recebeu uma ligação telefônica do Banco do Brasil informando que a conta de Micarla de Sousa estava descoberta". O depósito seria para cobrir a conta e teria sido feito por "amizade com a família".
Por que o banco ligaria para Assis - e não para Micarla - para informar de uma conta descoberta? Muito mal explicada essa história, evidentemente.
Pouco antes de falar sobre isso, Assis respondeu perguntas sobre possíveis procurações que teria para movimentar contas bancárias ou realizar operações financeiras em nome de Miguel Weber (marido da prefeita), Rádio Cultura de Macaiba (do grupo de comunicação da família), Miriam de Sousa (mãe da prefeita), TV Ponta Negra ou Rosy de Sousa (irmã da prefeita) - o que ele nega.
Será que Assis teria procuração em nome de Micarla?
Mais uma informação que merece esclarecimento e investigação formal por parte do Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto: por que a prefeita receberia depósito em sua conta por parte de um personagem suspeito de participar de um esquema de corrupção na prefeitura?
Esse depósito é, na verdade, o mais forte indício de vinculação de Micarla de Sousa com o esquema fraudulento na saúde municipal.
Assis tem uma relação antiga com a família da prefeita Micarla de Sousa (PV) e era gerente financeiro da TV Ponta Negra, de propriedade da família de Micarla, antes de assumir os cargos na prefeitura.
O Ministério Público identificou pelo menos uma transferência de R$ 1 mil da conta de Assis para a conta da prefeita Micarla de Sousa. Perguntado sobre isso, o investigado disse que isso não tinha nada a ver com o caso investigado. No entanto sua explicação levanta outras dúvidas: segundo Assis, "isso aconteceu porque recebeu uma ligação telefônica do Banco do Brasil informando que a conta de Micarla de Sousa estava descoberta". O depósito seria para cobrir a conta e teria sido feito por "amizade com a família".
Por que o banco ligaria para Assis - e não para Micarla - para informar de uma conta descoberta? Muito mal explicada essa história, evidentemente.
Pouco antes de falar sobre isso, Assis respondeu perguntas sobre possíveis procurações que teria para movimentar contas bancárias ou realizar operações financeiras em nome de Miguel Weber (marido da prefeita), Rádio Cultura de Macaiba (do grupo de comunicação da família), Miriam de Sousa (mãe da prefeita), TV Ponta Negra ou Rosy de Sousa (irmã da prefeita) - o que ele nega.
Será que Assis teria procuração em nome de Micarla?
Mais uma informação que merece esclarecimento e investigação formal por parte do Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto: por que a prefeita receberia depósito em sua conta por parte de um personagem suspeito de participar de um esquema de corrupção na prefeitura?
Esse depósito é, na verdade, o mais forte indício de vinculação de Micarla de Sousa com o esquema fraudulento na saúde municipal.
Daniel Dantas
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