EDUCADORES DE CEARÁ-MIRIM FAZEM PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
Nesta quarta-feira, dia 18, os professores da rede municipal de
ensino de Ceará-Mirim promoveram uma paralisação de advertência. O
protesto, que contou com um ato público em frente à Prefeitura,
denunciou a defasagem salarial dos profissionais e os problemas
enfrentados pelas escolas públicas da cidade. A manifestação foi
convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN - Sinte
Regional de Ceará-Mirim e é parte das atividades da Campanha Salarial de
2012 da categoria.
Entre as principais reivindicações salariais
dos educadores, destacam-se o pagamento retroativo do piso nacional de
2011 (15,85%), referente ao período de janeiro a maio, e correção do
piso de 2012 (22,22%); pagamento dos contratados na mesma data dos
concursados e nos mesmos valores; garantia imediata de 1/3 da carga
horária dos professores para atividades extra-classe, de acordo com a
lei 11.738/08; promoções horizontais, levando em conta o tempo de
serviço e reajuste linear de 68,85% para toda a categoria.
Os
trabalhadores ainda pedem melhorias nas condições de trabalho dos
profissionais e de estudo dos alunos, a exemplo de reformas e construção
de escolas e creches; diminuição do número de estudantes por sala de
aula; merenda, fardamento, material didático e transporte escolar, além
do fim de perseguições e do assédio moral.
Paralisação de advertência
Revoltados
com o descaso do prefeito Antônio Peixoto (PR) e com a falta de empenho
dos representantes da Prefeitura em negociar uma solução para os
problemas, os trabalhadores da educação paralisaram suas atividades
nesta quarta-feira 18 com o objetivo de alertar a administração do
município sobre uma provável greve da categoria. "A
educação foi abandonada pela Prefeitura. Há escolas com 53 alunos em
uma única sala e diretores comprando lâmpadas com o próprio dinheiro.
Até escola funcionando em um bar Ceará-Mirim tem.", denuncia José Roberto, diretor do Sinte/RN.
Nem
mesmo um dos itens mais básicos da educação pública é garantido aos
estudantes do município. Esse ano as aulas começaram sem merenda nas
escolas e com os professores sendo obrigados pela Secretaria de Educação
a não liberar os alunos mais cedo em função do problema. "Isso
é uma afronta aos estudantes. A Prefeitura está obrigando as crianças a
permanecerem na escola com fome. Sem falar na péssima infraestrutura
dos prédios e nos salários miseráveis que nos pagam. Agora, se os
professores entrarem em greve, o prefeito vai nos chamar de insensatos e
de irresponsáveis. Mas aí eu pergunto: com a educação pública nessa
situação, quem realmente é insensato e irresponsável?", argumenta José Roberto.
Aumento do FUNDEB
A
Prefeitura de Ceará-Mirim afirma não dispor de recursos suficientes
para atender as necessidades dos profissionais da educação, mas não é o
que os números mostram. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
revela que o município vem tendo aumentos nos repasses. Em 2011,
Ceará-Mirim recebeu a quantia de R$ 25 milhões para a pasta da educação,
quatro milhões a mais do que em 2010, quando o repasse foi de R$ 21,5
milhões. Para o sindicato, o argumento da Prefeitura de que faltam
recursos não se sustenta.
Por isso, no próximo dia 26 de abril,
às 8 horas, na sede do sindicato, haverá uma assembleia da categoria com
o objetivo de decidir os passos seguintes do movimento. A greve não
está descartada.
Mais informações
Diretores do Sinte de Ceará-Mirim
José Roberto - 9144.4864
Ana Célia - 9900.4555 - 9471.8161
ARSENAL ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA SINTE/RN CEARÁ-MIRIM
João Paulo da Silva -
Jornalista
DRT/RN - 1541
Contatos: 084-8842-8197 / (84) 9600.2621
Um comentário:
eh, os professores vomitaram no pra
to farto que comiam, agora estão min
guado e no prato sujo.
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