ADVOGADO POTIGUAR DENUNCIA
“Corrupção é o pior dos males do Judiciário”, afirma advogado potiguar indicado para CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está na iminência de ter um membro do Rio Grande do Norte.
Trata-se do advogado Emmanoel Campelo de Souza Pereira, filho do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Emmanoel Pereira.
Na
última quarta, Emmanoel Campelo foi sabatinado pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e emitiu opiniões
fortes sobre a atuação do CNJ e o Judiciário.
Ele apontou, por
exemplo, a necessidade de o CNJ adotar medidas a fim de aumentar a
celeridade e a previsibilidade das decisões judiciais. Na opinião do
advogado, a previsibilidade possibilita uma maior segurança jurídica e
criticou juízes que dizem tomar decisões a partir da própria
consciência.
"As decisões judiciais têm que ser minimamente
previsíveis seja com base na norma legal ou no próprio entendimento dos
tribunais superiores. O brocardo ‘decidi de acordo com a minha
consciência', que escutamos de muitos juízes, tem que ser
desmistificado. O juiz tem a obrigação de decidir de acordo com a
Constituição e com as leis", defendeu ele.
Outro mito que precisa
acabar, segundo Emmanoel Campelo, é o de que "a justiça tarda, mas não
falha". "Isso não existe. A justiça que tarda não é justiça", afirmou,
acrescentando que considera fundamental o contato direto entre o CNJ e o
Poder Legislativo. "Hoje vejo o Judiciário precisando muito mais de
iniciativas do Legislativo para se aperfeiçoar do que o contrário. É
fundamental a via de mão dupla entre o CNJ e o Congresso Nacional".
Respondendo
a questionamento do senador Pedro Taques (PDT/MT), Campelo criticou a
corrupção afirmando que ela "é o pior dos males do Judiciário e deve ser
combatida de forma a mais enérgica possível".
Uma opinião
interessante para o momento vivido pelo Judiciário no Rio Grande do
Norte e também por outras cortes, inclusive superiores.
A indicação do advogado potiguar será agora examinada pelo plenário do Senado, em regime de urgência.
*Agência Senado
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