30/03/2011

COPA 2014



CBF responde à FIFA e diz que o Brasil está no rumo certo



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) rebateu, ontem, as críticas feitas no dia anterior pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao atraso na preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 e ao papel da entidade na organização do torneio. Na própria segunda-feira, a CBF já havia divulgado nota oficial em que apontava contradições no discurso de Blatter, ao lembrar que no começo do mês ele tinha elogiado a preparação do Brasil para a Copa.

Nesta terça, porém, a entidade brasileira endureceu a resposta.
Dessa vez, o comunicado da CBF, assinado pelo presidente Ricardo Teixeira, rebate os argumentos de Blatter. A recente polêmica pode ter relação com a eleição para a presidência da Fifa, já que Blatter tenta a reeleição e Ricardo Teixeira apoia a candidatura de Mohamed Bin Hamman, presidente da Confederação Asiática de Futebol. Na resposta divulgada ontem, o presidente da CBF nega que conflitos políticos no Brasil estejam afetando a preparação do País.

“Desconheço que haja qualquer confronto entre prefeitos e governadores em qualquer uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Ao contrário, a Fifa testemunha há anos um trabalho integrado do poder público com o Comitê Organizador Local (COL) e a própria Fifa. O apoio integral e dedicação pessoal da presidenta Dilma Rousseff foram amplamente noticiados pela imprensa”, escreveu Ricardo Teixeira.


O presidente da CBF, que também ocupa a presidência do COL, ainda negou o risco do Maracanã não ter suas obras concluídas antes da Copa das Confederações de 2013. A previsão do governo do Rio é de que o estádio esteja pronto em dezembro de 2012, seis meses antes do torneio. No mesmo documento, Ricardo Teixeira rejeitou a possibilidade de atraso na construção do novo estádio do Corinthians, em São Paulo, que ainda não teve suas obras iniciadas. “Com relação ao estádio de São Paulo, temos a garantia por parte dos envolvidos de que o estádio também será entregue no prazo previsto”, explicou.

Ricardo Teixeira ainda se negou a pressionar os governos para que as obras sejam aceleradas, como sugerido por Blatter. “Não é papel da CBF pressionar governantes”, escreveu. Para encerrar, o presidente da CBF aproveitou para convidar Blatter a vir ao Brasil.


Agência Estado

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