30/06/2024

FRANÇA VAI AS URNAS NESTE DOMINGO (30) COM EXTREMA DIREITA FORTE - O QUE ISSO SIGNIFICA

França entra na reta final das legislativas com extrema direita forte; o que isso significa

Com uma liderança inédita da extrema direita nas pesquisas, a França vai às urnas neste domingo (30) em eleições convacadas há apenas três semanas para renovar o Parlamento do país e que podem tornar o governo do presidente francês, Emmanuel Macron, inviável na prática.

As urnas foram abertas no início desta manhã. Macron e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, já votaram, ambos em Paris.

O pleito foi convocado antecipadamente no início de junho pelo presidente francês. Diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu -- o Legislativo de todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas --, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.

Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos escolhe então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente -- este eleito em eleições presidenciais, separadas das legislativas.


O candidato de Macron no pleito, Gabriel Attal, pediu na sexta-feira que que os franceses "evitem que os extremos, especialmente a extrema direita, ganhem estas eleições". Seu adversário é o jovem líder de extrema direita Jordan Bardella, de 28 anos, do partido de Le Pen.

As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.

Uma pesquisa realizada pelo OpinionWay na última sexta-feira (28) apontou que o partido (RN) poderia alcançar até 37% do voto popular, um aumento de dois pontos percentuais em relação à pontuação de uma semana atrás. O partido Juntos, do bloco centrista de Macron, atingiu 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.

Já o resultado do segundo turno francês é um pouco mais incerto devido ao próprio sistema eleitoral do país: os 577 deputados são eleitos em círculos eleitorais não nominais, com sistema majoritário em dois turnos.

Socialistas, comunistas e ambientalistas, aliados do partido radical França Insubmissa (LFI) na coligação de esquerda NFP, já avisaram que retirarão seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno, para dar mais chances ao candidato do governo e tentar derrotar a extrema direita.

Clique no link abaixo e veja a matéria completa:

Nenhum comentário: