15/01/2021

FILHO DE PROSTITUTA VALORIZA A MÃE QUE TEM

“Os filhos da puta existem”: prostitutas e mães ressignificam o xingamento

Andorinha, caborje, calhandreira, dama da noite, loba, meretriz, quenga, rameira, rascoa, rascoeira, rapariga, ratuína, reboque, rongó, tapada, tolerada, transviada, vaqueta, vulgívaga, zabaneira. Ou, simplesmente, puta. O dicionário traz essa infinidade de sinônimos para referir-se à mulher que faz sexo por dinheiro.

Chamar alguém de filho da puta talvez seja o xingamento preferido do brasileiro – e de outras nacionalidades também. “As pessoas precisam parar de se ofender com isso”, afirma a carioca radicada em Belo Horizonte (MG) Santuzza Souza, 39 anos, mãe de três, que começou as atividades como trabalhadora do sexo aos 23 anos.

Para ela, o termo vem da ideia machista de que mães não podem ter sexualidade e muito menos lucrar com ela. “Sempre criei os meus filhos sozinha. Eu fui para esse ramo porque precisava de dinheiro, e o trabalho me garantia uma remuneração maior do que teria trabalhando em outro lugar”, relata.

A prostituição foi o caminho encontrado por Santuzza para não se prender a uma relação conjugal abusiva em troca do sustento da casa. Os filhos João, 19 anos, Miguel, 13 e Açucena, 9 (na foto que abre a matéria), sabem de onde vem o dinheiro que coloca comida na mesa, paga pelas roupas e pela educação deles.

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