11/11/2025

O TCHUTCHUCA DE XANDÃO PEDE CONDENAÇÃO PARA 'KIDS PRETOS'

PGR pede condenação de ‘kids pretos’ acusados de planejar ataques a autoridades

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos 10 réus do chamado núcleo 3 da trama golpista.

O núcleo 3 é acusado pela PGR de atuar em duas frentes:

  • pressão sobre as Forças Armadas para viabilizar o golpe; e
  • ações de campo para desestabilizar o regime democrático.
A Procuradoria dividiu os réus em dois grupos.

O primeiro grupo era responsável por colocar em prática o plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o monitoramento, a prisão e até a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A PGR afirmou que eles usaram “conhecimentos técnicos e postos estratégicos para realizar as ações de campo para neutralizar autoridades centrais do regime democrático e promover instabilidade social necessária à ruptura institucional”.

O outro grupo, segundo a PGR, também usou conhecimento técnico e cargos estratégicos para pressionar a alta cúpula das Forças Armadas a assinar o decreto golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Gonet disse ainda que os réus do núcleo foram responsáveis por ações táticas da organização criminosa.

“É evidente a contribuição decisiva que proporcionaram para a caracterização dos crimes denunciados. integrantes deste núcleo pressionaram agressivamente o alto comando do Exército a ultimar o golpe de Estado”, afirmou.

“Puseram autoridades públicas na mira de medidas leitais e se dispuseram a conegar forças militares terrestres ao serviço dos intentos criminosos. É significativo notar que os integrantes deste núcleo tinham ciência de que a narrativa da fraude eleitoral, que era difundida para tentar apoiar popular ao golpe, não procedia. Uma série de diálogos recolhidos nas investigações mostra que os réus estavam advertidos, daí desde o processo eleitoral” prosseguiu.

Gonet citou áudios de Wladimir Soares, agente da Polícia Federal, admitindo que a equipe estava disposta a usar força letal, afirmando que iriam “matar meio mundo” se necessário.

São julgados

  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército)
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército)
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército)
  • Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército)
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército)
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército)
  • Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército)
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército)
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)
A PGR pediu a condenação dos oito militares e do agente da PF por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado.

No caso do tenente-coronel Ronald Ferreira, que também foi denunciado pelos cinco crimes, a Procuradoria entendeu que ele tinha conhecimento das ações, mas teve conduta pontual de apoio. Por isso, nas alegações finais, Paulo Gonet afirmou que ele deve responder por “incitação ao crime” e poderá negociar acordo por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo.

g1

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