Deputado pede ao Vaticano que investigue o padre Júlio Lancellotti
O deputado federal Junio Amaral (PL-MG), ao lado de sua mulher, Marília Feliciano, publicou, nesta quarta-feira, 19, um vídeo no Instagram. No conteúdo, ele informa que apresentou à Embaixada do Vaticano, em Brasília, um abaixo-assinado pedindo que a Igreja Católica investigue a conduta do padre Júlio Lancellotti.
Conforme o parlamentar, o documento reúne mais de mil assinaturas. Amaral afirma que o sacerdote deve ser investigado por supostos atos de assédio sexual e por utilizar sua posição religiosa para fins políticos. O deputado declarou que o processo de coleta de assinaturas começou há alguns dias e teria recebido apoio de milhares de pessoas.
Deputado: resposta ao povo sobre os abusos
“Estamos aqui na Embaixada da Santa Sé para apresentar formalmente essa denúncia. Enviaremos também ao Dicastério da Vida Consagrada em Roma, para que as autoridades competentes investiguem e deem uma resposta ao povo sobre esses abusos que o padre vem cometendo no nosso país”, afirmou Amaral.
O parlamentar também ressaltou que, como membro do Legislativo, considera legítimo manter diálogo com representações diplomáticas e que seu gabinete atuaria como intermediário no envio das denúncias. “Muita gente não sabe que o Vaticano é um Estado”, disse Amaral. “E nós temos a atribuição de dialogar com as embaixadas. Por isso estamos trazendo as assinaturas que muitos apoiaram.”
Durante a gravação, Amaral reiterou que irá acompanhar o andamento da denúncia e cobrar retorno das autoridades eclesiásticas. Ele também criticou o que classificou como uso indevido de liderança religiosa para fins de influência política. “Que a gente não se curve mais às pessoas que usam seu poder religioso para promover abusos, politicagem e induzir tantos fiéis ao erro”, declarou a mulher do deputado.
Até o momento, o padre Júlio Lancellotti não se manifestou sobre o abaixo-assinado. A Arquidiocese de São Paulo e a própria Santa Sé também não comentaram o caso.
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