Flávio Dino dá despacho blindando chefe de sindicato do irmão de Lula
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino concedeu habeas corpus permitindo ao presidente do Sindinapi, Milton Cavalo, permanecer em silêncio durante seu depoimento na CPMI, nesta quinta-feira (9/10).
“Me parece parte de um grande esquema de blindagem que usa advogados milionários e que tem muito relacionamento em Brasília”, disse o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG). “Hoje, estamos mais uma vez de mãos amarradas por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que é no mínimo estranha”, diz ele.
A decisão de Dino segue a jurisprudência de outros despachos anteriores. Graças ao despacho de Dino, Cavalo pode se recusar a falar. Não está sequer obrigado a fazer o juramento de dizer apenas a verdade.
A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) na manhã desta quinta-feira, incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão (BA) na casa do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), Milton Cavalo.
O sindicalista tem depoimento marcado na CPMI do INSS, no Congresso Nacional, também na manhã desta quinta-feira. Segundo parlamentares, ele já chegou ao Senado Federal para depor.
Os policiais também estiveram na sede do Sindnapi e no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região (Sindmetal), do qual Cavalo é diretor. Na sede do Sindnapi, o foco da PF foi a Cooperativa de Crédito dos Aposentados e Pensionistas (Coopernapi), ligada ao sindicato.
A Coopernapi funciona dentro do prédio do Sindnapi, no Centro de São Paulo. Segundo relatórios de inteligência financeira (RIFs) recebidos pela CPMI do INSS, a cooperativa, que atua como uma agência bancária do Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob), era usada nas movimentações financeiras do Sindnapi.
Metrópoles
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