Ditadura esquerdista da Coreia do Norte executa quem vê séries estrangeiras
Um relatório divulgado pela ONU nesta sexta-feira (12) aponta agravamento das violações de direitos humanos na Coreia do Norte. O documento revela que a pena de morte é aplicada de forma sistemática, inclusive contra pessoas acusadas de assistir a filmes ou séries estrangeiras.
Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, o regime de Pyongyang reforçou o controle sobre a sociedade a ponto de “nenhuma outra população enfrentar tamanhas restrições no mundo contemporâneo”.
A pesquisa se baseia em mais de 300 entrevistas com norte-coreanos que fugiram do regime de Kim Jong-un na última década. O relatório cita aumento da violência estatal, expansão do trabalho forçado e aplicação recorrente da pena capital.
Desde 2015, ao menos seis novas leis permitem a execução de pessoas por atos como assistir ou compartilhar conteúdos do exterior. O objetivo é restringir o acesso à informação.
Fugitivos relataram execuções públicas realizadas por pelotões de fuzilamento, usadas como forma de intimidação. Uma das entrevistadas, Kang Gyuri, que escapou em 2023, contou que um amigo foi morto por possuir material da Coreia do Sul. “Ele foi julgado junto a traficantes. Hoje em dia, esses crimes são tratados com a mesma severidade”, afirmou.
Kang também disse que, ao ter contato com conteúdos sul-coreanos, percebeu a diferença entre sua realidade e a de outros países. “Eu acreditava que era normal que o Estado controlasse nossas vidas dessa forma. Mas percebi que isso era exclusivo da Coreia do Norte”, declarou.
O relatório ainda aponta aumento no uso de trabalhos forçados em obras de construção e mineração. Além disso, estima que pelo menos quatro campos de prisioneiros políticos funcionem no país, onde há relatos de tortura e abusos.
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