03/07/2025

SUJOU: CÚPULA DO BRICS NÃO TERÁ PRESENÇA DE XI JINPING

China confirma que Xi Jinping não irá à cúpula do Brics

O governo da China anunciou nesta quarta-feira, 2, que o primeiro-ministro Li Qiang será o representante do país na 17ª cúpula do Brics, marcada para ocorrer entre os dias 5 e 8 no Rio de Janeiro.

O líder Xi Jinping não participará do encontro, e o motivo dessa decisão não foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

A ausência de Xi Jinping reforça o cenário de esvaziamento da cúpula, já que outros chefes de Estado também não estarão presentes, como Vladimir Putin, da Rússia, e Abdel Fattah al-Sisi, do Egito.

Os presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e do México, Claudia Sheinbaum, também optaram por enviar representantes em vez de comparecer pessoalmente ao evento.

Diplomacia e recepção brasileira

No início do ano, o chanceler chinês Wang Yi já havia relatado ao assessor especial Celso Amorim que Xi enfrentava “dificuldades de agenda” para comparecer à cúpula, sem fornecer mais detalhes, segundo informações da Folha de S.Paulo.

Em novembro do ano anterior, Xi Jinping esteve no Brasil e se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocasião em que o Brasil recusou integrar a Iniciativa Cinturão e Rota e rejeitou até a oferta de um casal de pandas feita pela China.

Apesar de Lula ter participado em maio do Fórum China-Celac, evento que resultou no anúncio de investimentos de empresas chinesas no Brasil, a reciprocidade esperada com a presença de Xi no Rio não se concretizou.

O número de países com chefes de Estado ausentes cresce, mas o Palácio do Planalto afirma que cerca de 20 das 28 nações envolvidas enviarão seus principais representantes.

Os países que fazem parte do Brics

Atualmente, compõem o Brics como membros plenos Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Irã e Arábia Saudita, além de um grupo de países parceiros como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Entre os países árabes, as tensões no Oriente Médio são apontadas como motivo para incertezas na representatividade de Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Irã.

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Sobre a Arábia Saudita, fontes do governo brasileiro informaram que já era esperada uma representação de menor escalão, pois, mesmo depois do convite para integrar o Brics em 2023, o país não respondeu formalmente e tem mantido participação discreta.

Na última cúpula, em 2024, na Rússia, o país foi representado pelo chanceler e príncipe Faisal bin Farhan Al Saud.

No caso dos Emirados Árabes Unidos, a expectativa é que o país repita o modelo adotado no G20 do ano anterior, também no Rio, quando o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, sheik Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, representou o Estado. Ele é filho do presidente dos Emirados, sheik Mohammed Bin Zayed Al Nahyan.

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