Tudo isto que estamos vivenciando se encaixa perfeitamente na exegese da fábula da floresta "A Ascensão dos Porcos" serve como uma crítica à falta de bom senso, à busca por soluções simplistas e às consequências negativas de priorizar resultados de curto prazo em detrimento da sustentabilidade sem se preocupar com a moral, a decência e a boa compostura que requisita o ofício de homem público. Veja aí do que foi capaz de fazer contra si, uma sociedade faminta de liberdade financeira e sedenta de conhecimentos.
O povo de Ceará-mirim não vem sendo preparado para enfrentar seus desafios.
Olhando daqui pra trás, percebe-se pelo resultado desastroso e pelo caos vivido demostrado claramente nas amostras dos índices sociais que a sociedade falhou em todo os momentos em que teve a oportunidade de escolha dos seus representantes, e não foi por falta de opções: Sabiam o que é certo e o que é errado, sempre criticaram o errado, mas quando tiveram a oportunidade de fazer o que é certo, por necessidade financeira, por mau-caratismo ou até por ignorância, optaram em permanecer fazendo o que é errado, na ilusão de que as promessas mirabolantes dos ilusionistas da política sortiriam efeitos mais rápido do que os projetos daqueles que realmente estavam pensando numa Ceará-Mirim, grande e sustentável e lamentavelmente, em toda a sociedade onde prevalece a vontade da maioria de desonestos, ignorantes e famintos, a democracia se transforma num erro estatístico, onde sua maior e mais drástica consequência é a chegada dos espíritos de porcos ao poder ou a permanência deles.
Murilo Ferreira de Araújo
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