31/05/2025

ALERTA: CONTA DE LUZ MAIS CARA NO MÊS DE JUNHO

Aneel anuncia bandeira vermelha para junho e conta de luz ficará quase R$ 4,50 mais cara

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) o acionamento do patamar um da Bandeira Vermelha para o mês de junho. A medida aumenta o custo da energia para os consumidores, criando uma taxa adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumido. A medida vale para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional.

Segundo a agência, a decisão foi tomada por conta do “cenário de afluências abaixo da média em todo o país”, afetando os reservatórios das hidrelétricas. Com isso, será preciso usar outras fontes de energia mais caras, como as usinas termoelétricas, fazendo aumentar o custo da produção de eletricidade.

No fim de abril, a entidade já havia colocado a bandeira tarifária em amarela para maio, aumentando o custo para R$ R$ 1,885 a cada 100 kWh consumido, graças também às poucas chuvas.

A arrecadação via bandeira tarifária paga os custos adicionais. Desde fevereiro houve piora nas expectativas de chuva. Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara no ano passado foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) - valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

Desde 2015 a Aneel usa o sistema de bandeiras tarifárias, tida pela agência como “uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País”

Ela vai da verde, que não impõe custos adicionais – e que estava em vigor desde dezembro de 2024 – até o patamar dois da bandeira vermelha, que acrescenta uma taxa de quase R$ 8,00 a cada 100 kW/h consumido.

Lucas Paiva, engenheiro elétrico e Sócio-Fundador da Lead Energy, menciona as chuvas abaixo da média histórica no outono e inverno, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água do país.

Além disso, ele acrescenta que há redução gradual dos níveis de armazenamento, que devem cair de 69% em abril para 55% até outubro, de acordo com relatório divulgado com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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