América busca espantar a crise
Sob nova direção e após uma das semanas mais turbulentas de sua história mais recente – marcada pela eliminação precoce na Copa do Brasil –, o América retorna ao campo nesta quinta-feira (6) para enfrentar o Ceará, em jogo válido pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. A partida, marcada para as 19h no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, será a primeira oportunidade do técnico Moacir Júnior de reerguer o time e apagar a má impressão deixada pela derrota sofrida contra o União-TO, que culminou na demissão de Leston Júnior.
Na reta final da fase de classificação, o América ocupa atualmente uma das quatro vagas do G-4 do Grupo B. No entanto, com apenas três rodadas restantes, a equipe potiguar precisa de um resultado positivo contra o Ceará para manter a vantagem sobre os rivais diretos: o próprio Vovô cearense, o Confiança e o Náutico, todos três pontos atrás. Uma vitória dos adversários nesta rodada, seguida de um mau resultado dos potiguares, vai intensificar a disputa pelas vagas na fase seguinte.
A situação americana não pode ser considerada uma das mais cômodas em termos de tabela, porque nas três rodadas restantes, além de encarar os cearenses, a equipe enfrenta o Náutico no Recife na próxima rodada e vai fechar sua participação na fase inicial encarando o líder CSA, na Arena das Dunas.
A crise institucional, agravada pela saída repentina do executivo de futebol e pela troca de comando técnico, exigiu ação rápida da diretoria. Vitor Arteiro, CEO da SAF Alvirrubra, não apenas contratou Moacir Júnior, mas também reforçou o elenco no final da janela de transferências com as chegadas do volante Robson Lopes, do lateral-esquerda Renan Siqueira e do meia Romarinho – nomes que visam suprir carências específicas do grupo. Todos já estão regularizados no BID da CBF desde 28 de fevereiro, liberados para estrear.
Entre os reforços, Romarinho se destaca pela motivação. Após desenvolver uma boa parte da carreira na Portuguesa-RJ, o meia encara o desafio no Nordeste como uma “oportunidade única”. Apesar de ter participado de apenas dois treinos antes da viagem a Fortaleza, ele demonstra confiança: “Vestirei esta camisa com orgulho. O América é um gigante regional, e farei o possível para contribuir”. O atleta também se mostrou otimista com a chegada do novo comandante: “Já tive a oportunidade de trabalhar com o Moacir Júnior, que é um cara muito família e preza bastante pelo grupo. É daquele tipo de profissional que pensa em futebol 24 horas por dia e acredito que com a sua chegada, o América terá muito a ganhar”.
Do outro lado, o Ceará vive momento delicado. Com campanha irregular (uma vitória, um empate e duas derrotas) e apenas dois gols marcados na competição, o time precisa vencer para retornar à zona de classificação. O empate em 1 a 1 com o Confiança na última rodada aumentou a urgência por pontos. Além disso, o calendário apertado preocupa: caso avance à final do Cearense, o clube terá nove jogos em 30 dias, divididos entre quatro competições.
O técnico Léo Condé reconhece o desafio: “Preparamos os reservas nos últimos dias, pois todos precisarão estar prontos. Temos um elenco qualificado para enfrentar essa maratona”. A estratégia é manter uma base consistente, mas com rotatividade para preservar o desempenho. Por sua vez, o América espera que as medidas tomadas e as mudanças recentes tragam estabilidade e evitem que a crise se instale de vez, comprometendo um projeto iniciado ainda em novembro de 2024.
TN
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