Resumo
*Desde que o ‘Janjômetro’ foi criado pelo deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil), os gastos relacionados à primeira-dama, Janja da Silva, passaram de R$ 63 milhões para R$ 117 milhões em apenas três meses. Segundo dados do portal, o uso de recursos públicos quase dobrou. Em 28 de novembro do ano passado, Zacarias criou o site para fiscalizar os valores usados por Janja. O deputado por São Paulo afirmou que a iniciativa “expõe a farra” dos gastos da primeeira-dama, entre os quais o “Janjapalooza”: “Como se não bastasse um bandido na presidência da República, a esposa deslumbrada dele ainda TORRA o seu dinheiro com viagens de luxo, hotéis e móveis de R$ 200 mil. Para EXPOR essa FARRA, eu criei o Janjômetro: um site que cataloga todos os gastos da prime”. Para ter acesso, o cidadão precisa fazer um cadastro no site, a partir do qual receberá alertas em primeira mão sobre os gastos de Janja. Passagens executivas - Neste mês, Janja gastou R$ 34,1 mil em passagens áreas de classe executiva para ir e voltar de Roma, segundo revelou o Estadão. Esse tipo de assento em aeronaves é considerado mais confortável e espaçoso, porém, com custo acima do que uma poltrona da classe econômica. Janja viajou em 9 de fevereiro e retornou ao Brasil em 13 de fevereiro. Mesmo sem cargo no governo, a primeira-dama compôs a comitiva que teve o total de 13 pessoas. Janjapalooza - A primeira-dama ficou irritada quando batizaram o “Janjapalooza” de “Janjapalooza”, mas o festival promovido por ela no G20 custou alto aos cofres públicos. A estatal itaipu Binacional pagou 15 milhões de reais para a reunião da Cúpula do G-20 Social e eventos paralelos, como o festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Janja, aliás, foi funcionária da estatal entre 2005 e 2020. O festival, que teve a primeira-dama como principal divulgadora nas redes sociais, também foi discriminado no “Janjômetro”.
*O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avisou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pode deixar o cargo se houver medidas extravagantes. Fávaro disse a interlocutores que não aceita fazer parte de um governo que taxa exportações do agro. Ele afirmou a auxiliares que cresce a pressão interna e na bancada do PT no Congresso por medidas como imposto ou cotas para exportações de carnes e outros alimentos. Apesar de tensões entre o agronegócio e o governo Lula, Fávaro sempre se manteve fiel à administração petista. Entretanto, o ministro está deixando claro que seu limite é este tipo de medida. O aumento do preço dos alimentos foi tema de debate no gabinete presidencial e na Casa Civil no começo do ano. Após uma arrefecida, a questão teve uma nova crise nos últimos dias, devido à suspensão das linhas de crédito subsidiadas dentro do Plano Safra. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) criticaram a medida e Fávaro reagiu. O governo federal publicou na última segunda-feira (24) uma medida provisória (MP) que abre um crédito extra de R$ 4,1 bilhões para assegurar as contratações de crédito do Plano Safra de 2024-2025 com apoio do Executivo e contornou a situação. Mas não é por isso que Fávaro ameaça sair do governo. Para tratar de preço de alimentos, o ministro diz que não aceita sob nenhuma hipótese medidas como imposto de exportação ou cotas para soja, milho, carne e etanol.
*O presidente Lula demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (25/2). Ela será substituída no cargo por Alexandre Padilha (PT), atual ministro das Relações Institucionais. A demissão foi comunicada por Lula em reunião com a ministra no Palácio do Planalto, no início da tarde. Além de Nísia, o próprio Padilha participou do encontro. Nísia já vinha sendo fritada por Lula nos bastidores há pelo menos duas semanas. Na semana passada, o próprio presidente avisou a auxiliares que trocaria sua ministra da Saúde. A demissão de Nísia ocorreu horas após ela realizar seu último evento como ministra no Planalto ao lado de Lula: uma cerimônia para anunciar parcerias para produção de vacinas. Funcionária concursada da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia estava como ministra da Saúde desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023. Padilha, por sua vez, voltará ao Ministério da Saúde após mais de 10 anos. Ele foi titular da pasta entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014, período do governo Dilma Rousseff.
*O Vaticano afirmou que a situação do papa Francisco continua crítica, apesar de o líder da Igreja Católica seguir estável. A informação foi divulgada em novo boletim nesta terça-feira (25). “As condições clínicas do Santo Padre permanecem críticas, mas estáveis”, disse o Vaticano em nota. “Não ocorreram episódios respiratórios agudos e os parâmetros hemodinâmicos continuam estáveis”. O pontífice está internado desde o último dia 14 de fevereiro, no Hospital Policlínico Universitário Agostino Gemelli, em Roma. Ele apresenta um quadro de pneumonia bilateral, quando os dois pulmões são afetados pela infecção, dificultado a respiração. Anteriormente, o Vaticano havia afirmado que o papa Francisco havia apresentado leve melhora em suas condições clínicas, sem o registro de novas crises respiratórias.
*O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou suas redes sociais na noite desta terça-feira (25) para criticar o presidente Lula (PT). Em seu perfil na rede social X, o ex-juiz da Lava Jato comentou a reformulação que o petista está promovendo em seu governo e disparou contra o chefe do Executivo. – A reforma ministerial só vai funcionar se o demitido for o Lula. O governo federal naufraga em diversas áreas, mas, principalmente, no descontrole fiscal, na seara econômica, produzindo inflação, além de uma comunicação desastrosa. Após o derretimento de sua popularidade, Lula empreende uma reforma ministerial para tentar reduzir os efeitos políticos nefastos da péssima condução do país.
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