Leston prepara time do América-RN sob desconfiança
Ainda ressentida pela frustração da temporada passada, a torcida do América já deu mostras de que, em 2025, o clube terá um espaço mínimo para erro. Tanto que vaiaram a atuação da equipe no empate diante do Decisão Sertânia-PE, que fechou o período de pré-temporada do clube. A situação mostrou que, admita ou não, o treinador Leston Júnior vai iniciar a participação no Campeonato Potiguar, diante do Baraúnas, sob pressão.
O clima de insatisfação se instalou porque, nos jogos realizados no período de preparação, a equipe só venceu o time Sub-20 do Fortaleza, o primeiro deles. O treinador vem pedindo calma, apontando que o trabalho está seguindo o rumo desejado e que, nos treinos realizados até agora, os resultados foram o que menos importou. A preocupação é avaliar as valências apresentadas pelo grupo em campo.
“A gente sempre lamenta quando não vence, mas posso garantir ter visto muita coisa positiva. O processo de construção de um time, eu costumo dizer que ocorre com treinamentos. Isso não é um carro que, quando é mostrado às pessoas, já vem pronto! Com um grupo de atletas é diferente, o processo é mais lento, tanto que estaremos em processo de formação ainda com o Campeonato Estadual em andamento”, disse Leston.
Os pontos positivos assinalados incluem, em primeiro lugar, a estabilidade apresentada pela nova equipe, que demonstra um bom domínio de bola e demora a ser ameaçada pelos adversários. “Num processo de formação, um grupo conseguir ser estável e sofrer pouco dentro de campo deve ser encarado como um cenário extremamente positivo. O mais difícil no processo em que o América se encontra é a equipe ganhar sincronismo e desenvoltura ofensiva. Na medida em que nos mantivermos estáveis na produção defensiva, teremos tempo para melhorar nossas situações de ataque”, frisou.
Leston destacou que, mesmo no momento em que o América teve de se expor mais em busca do gol da vitória, a equipe conseguiu se manter segura em termos defensivos. Na avaliação do comandante técnico americano, a falta de contundência no ataque pode ser apontada como o grande ponto falho do processo desenvolvido até aqui. “Necessitamos ser um pouco mais contundentes no terço final de campo, nas conclusões das jogadas. Isso inclui movimentos mais ofensivos e um acabamento mais refinado no penúltimo passe, aquele que favorece a armação da jogada”, destacou.
TN
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