Resumo
*As vendas de veículos novos no País tiveram crescimento de 14,2% em 2024, chegando a 2,63 milhões de unidades, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias. O resultado superou as previsões iniciais tanto da Fenabrave, que começou 2024 traçando crescimento de 12%, quanto das montadoras, representadas pela Anfavea, cuja primeira projeção, de alta de 6,1%, foi ainda mais modesta. As entregas às locadoras, que compraram um a cada quatro carros vendidos no ano passado, também sustentaram o desempenho positivo. Embora tenha voltado a experimentar níveis mensais de antes da pandemia durante o segundo semestre, o mercado terminou 2024 5,5% abaixo do volume de 2019. Para 2025, as projeções anunciadas nesta quarta pela Fenabrave apontam a um crescimento de 5% do mercado, para 2,77 milhões de unidades. No mês passado, a Anfavea divulgou previsão um pouco mais otimista, de mais de 2,8 milhões de veículos em 2025, o que, se confirmado, será o maior número em 11 anos. Os prognósticos levam em conta a tendência de desaceleração do crescimento em razão do aumento dos juros. Somente em dezembro, as vendas subiram 3,6% no comparativo com o mesmo mês de 2023, somando 257,4 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Foi o melhor dezembro em cinco anos. Frente a novembro, a alta foi de 1,6%.
*O Ministério Público Federal (MPF) vai enviar um ofício à Meta para questionar se as alterações na moderação de conteúdos anunciadas pela matriz americana da empresa nesta terça-feira, 7, serão implementadas no Brasil. A cobrança ocorre dentro um inquérito civil em andamento desde 2021, sobre a responsabilidade de grandes plataformas no conteúdo publicado por seus usuários. Entre os alvos do inquérito está a própria Meta, dona de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp. A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu às mudanças anunciadas pela empresa. O ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, afirmou que o Brasil possui mecanismos legais para lidar com desinformação e que o governo não permitirá que o ambiente on-line se torne um espaço desregulado. “Aqui não é terra sem lei, obviamente. Nosso ordenamento jurídico já oferece anticorpos para combatermos desordem informacional. Portanto, não vamos ficar de braços cruzados”, disse ao G1. Apesar de Zuckerberg não ter citado o Brasil, o secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, João Brant, afirmou que o comunicado da Meta faz referência ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a empresa mostra um alinhamento com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e busca “deslegitimar esforços de regulação” em nome da liberdade de expressão. No Brasil, o tema ganha relevância no momento em que o Supremo Tribunal Federal analisa a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet. Esse dispositivo, atualmente, isenta as plataformas de responsabilidade por conteúdos de terceiros, mas a Corte tende a rever a regra. O relator do caso, ministro Dias Toffoli, votou pela obrigatoriedade da remoção de postagens potencialmente lesivas à lei, mesmo sem ordem judicial.
*O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o “golpismo não está vencido no país”. As declarações ocorreram durante evento da Corte em alusão aos dois anos dos atos do 8 de janeiro. Para o magistrado, tomados por um sentimento de impunidade nas redes sociais, extremistas decidiram partir para ataques contra os Três Poderes. “Todos nós achávamos que o golpismo, esse novo populismo digital extremista, tinha se dado por vencido. E nós erramos. Porque não estava vencido, e não está vencido. Não estava vencido e no 8 de janeiro isso foi demonstrado”, disse o magistrado. Na fala, o ministro frisou que, antes das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, as instituições assistiram a um chamado “cronograma golpista” de forma apática. O ministro lembrou então a reação das instituições democráticas do país. “O Brasil demonstrou que a Constituição Federal traz os mecanismos suficientes e necessários para combater golpistas e criminosos”, e fez um balanço das ações judiciais sobre o tema. Em dois anos de investigações, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 371 incitadores ou executores dos atos golpistas. São homens e mulheres que participaram da invasão e destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília, que provocaram um prejuízo de mais de R$ 26 milhões. As penas variam de três a 17 anos de prisão – sendo que 70 condenados já cumprem penas de forma definitiva, ou seja, não podem mais recorrer.
*O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira (7) que simpatizava com a posição russa de que a Ucrânia não deveria fazer parte da Otan e lamentou não se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin antes de sua posse. Falando em uma entrevista coletiva em sua residência em Palm Beach, na Flórida, Trump também culpou o presidente democrata Joe Biden por supostamente mudar a posição dos EUA sobre a adesão da Ucrânia à Otan. “Uma grande parte do problema é que a Rússia – por muitos e muitos anos, muito antes de Putin – disse: ‘Você nunca poderia ter a Otan envolvida com a Ucrânia.’ Agora, eles disseram isso. Isso está, tipo, escrito em pedra”, disse Trump. “E em algum lugar ao longo da linha Biden disse: ‘Não. Eles devem poder se juntar à Otan.’ Bem, então a Rússia tem alguém bem na porta deles, e eu poderia entender seus sentimentos sobre isso.” Os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte expressaram oficialmente apoio à eventual adesão da Ucrânia desde a Cúpula de Bucareste de 2008, e o governo Biden continua a apoiar a eventual adesão da Ucrânia à Otan, embora a Ucrânia nunca tenha recebido um convite. Assessores e aliados de Trump geralmente se opõem à adesão da Ucrânia à Otan, pelo menos no futuro previsível, vendo isso como uma provocação desnecessária a Moscou. Os líderes da Ucrânia, enquanto isso, pressionaram agressivamente por um convite à Otan, dizendo que é essencial para impedir mais agressões russas. Trump disse na campanha eleitoral antes da eleição de 5 de novembro que poderia resolver a guerra na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo. Embora ele ainda diga que resolverá rapidamente, ele abandonou amplamente essa linha e agora deve assumir o cargo em menos de duas semanas.
*Diante do imbróglio sobre a liberação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a posse de Donald Trump, em Washington, no dia 20 de janeiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, devem prestigiar o republicano em solenidade que marca seu retorno à Casa Branca. O Pleno.News apurou que a presidente nacional do PL Mulher já está cuidando dos preparativos para a viagem, e sua presença na posse do conservador norte-americano é dada como 99% certa. Jair Bolsonaro anunciou via redes sociais, nesta quarta-feira (8), que sua defesa encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma petição para reaver o passaporte, a fim de possibilitá-lo comparecer à posse de Trump, nos Estados Unidos. O documento foi apreendido pela Polícia Federal (PF) em fevereiro do ano passado, por determinação do referido magistrado, no âmbito da Operação Tempus Veritatis. É dada como certa a negativa do pedido por parte de Alexandre de Moraes. BOLSONARO NAS REDES SOCIAIS - Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro usou suas redes sociais para anunciar o pedido de liberação de seu passaporte, feito ao ministro Alexandre de Moraes. No post, o presidente de honra do PL falou sobre o sentimento pelo convite recebido do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. – Muito honrado em receber do presidente dos EUA, Donald J. Trump, convite para a sua posse e de seu vice-presidente, JD Vance, no próximo dia 20 de janeiro – escreveu. Bolsonaro agradeceu ao seu filho Eduardo por nutrir relacionamento com o republicano e sua família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário