23/01/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS

Resumo

*A paralisação dos trabalhadores terceirizados do Hospital Walfredo Gurgel entrou no terceiro dia nesta quinta-feira (23). Inicialmente, o movimento era realizado por funcionários da área da nutrição, mas nas últimas 48 horas a paralisação se expandiu para outros setores, como vigilância, maqueiros e serviços de lavanderia e higienização. Os trabalhadores são empregados da JMT, que por sua vez é contratada pelo Governo do Estado – que não vem efetuando os pagamentos. Os trabalhadores reclamam que ainda não receberam os salários de dezembro de 2024 e estão há quatro meses sem vale-alimentação. Uma parte dos trabalhadores também não recebeu 13º salário, que deveria ter sido pago em 20 de dezembro. Além de paralisar as atividades, os trabalhadores realizaram protestos na porta do hospital, na Avenida Senador Salgado Filho. Com a redução do serviço, parte da alimentação fornecida pelo hospital Walfredo Gurgel está suspensa. Nos últimos dias, a alimentação só está sendo servida para pacientes e acompanhantes da pediatria. Os servidores do hospital, portanto, seguem sem café da manhã, almoço e jantar. Nas últimas horas, empregados da JMT que trabalham nos hospitais Santa Catarina (Zona Norte de Natal) e Deoclécio Marques de Lucena (Parnamirim) também aderiram à paralisação. Nas duas unidades, a alimentação está prejudicada. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) diz que não há previsão para o pagamento.


*O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (23) que não vai fugir do Brasil, mesmo considerando que sua eventual prisão seria injusta. Ele é investigado em três inquéritos: tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacina e apropriação indevida de joias dadas pela Arábia Saudita. “Eu vou para a cadeia, eu não vou fugir do Brasil. Eu podia ter ficado lá quando eu fui para os Estados Unidos. Quando eu fui para a posse do Milei, eu poderia ter ficado, mas vim para cá, sabendo de todos os riscos que estou correndo”, declarou o ex-presidente em entrevista à “CNN Brasil”. É a segunda vez nesta semana que Bolsonaro comenta a possibilidade de fuga. Na última segunda (20), o ex-presidente afirmou que a retenção de seu passaporte não o impediria de “fugir” do Brasil. A apreensão do passaporte ocorreu em fevereiro de 2024, durante investigações sobre possíveis tentativas de golpe de Estado.


*O ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (23) que, se a produção de provas do inquérito do golpe for finalizada ainda no mandato dele de presidente, ele irá pautar “imediatamente” a Suprema Corte. “Ainda não houve denúncia da PGR [Procuradoria-Geral da República]. É a partir daí que começa a ação penal. Feita a denúncia, vai haver a produção das provas e, concluído isso, é que vai haver o julgamento pelo Supremo. Se terminar a produção de provas [ainda no meu mandato de presidente], vou pautar imediatamente”, disse durante fórum de líderes empresariais em Zurique, na Suíça. Segundo Barroso, o inquérito, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas indiciadas por articular um golpe de Estado no Brasil, é uma matéria de competência da primeira turma da Corte, formada por cinco magistrados – Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Barroso anunciou que vai pautar no plenário se os ministros resolverem transferir a matéria para discussão dos 11 ministros, mas que isso seria uma mudança na regra do jogo. “Julgar casos assim no plenário, isso entra numa fila e corre risco de prescrição, porque tudo no plenário é mais demorado. Nada impede que vá para o plenário, mas seria uma mudança no meio do jogo”, declarou. O presidente da Suprema Corte também afirmou que ainda há algum grau de tensão no Brasil, se referindo a polarização política, e que o país passa da indignação à pena com muita rapidez. “Mas nós achamos que é preciso fazer esses julgamentos porque, do contrário, a próxima vez que alguém perder, vai achar que é natural fazer a mesma coisa e invadir todos os prédios públicos dos Poderes”, relatou.


*O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu a possibilidade de colocar sua esposa, Michelle Bolsonaro, como cabeça de chapa nas eleições presidenciais de 2026 e ser nomeado ministro da Casa Civil caso ela vença a disputa. Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), ao ser questionado sobre a possibilidade de Michelle disputar a Presidência da República Bolsonaro disse “não ter problemas”. “Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, afirmou Bolsonaro. Durante a entrevista, também foi perguntado ao ex-presidente outros nomes para disputar o pleito presidencial em 2026, já que ele está inelegível. Um dos nomes sugeridos foi o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro afirmou que ele é um excelente gestor, mas quem define as eleições é “povo”, e ressaltou que o fator determinante será sua popularidade fora de São Paulo. Sobre seu filho “03”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-presidente afirmou que ele está preparado e seria um excelente candidato, destacando suas habilidades como articulador político. Outro nome mencionado foi o do cantor sertanejo Gusttavo Lima (sem partido), que já manifestou interesse em disputar a Presidência. Bolsonaro avaliou positivamente a ideia, destacando a popularidade do cantor, mas sugeriu que ele se candidate ao Senado para adquirir mais experiência política antes de concorrer ao cargo mais alto do país. “Ele tem idade e popularidade, mas o resto a gente não conhece. É um excelente nome para o senado, mas para a presidência não sei se está maduro ainda”, conclui Bolsonaro.


*Nesta quinta-feira (23), um juiz federal em Seattle bloqueou temporariamente a ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que encerrava a garantia constitucional da cidadania por direito de nascimento e a chamou de “claramente inconstitucional”. Essa foi a primeira audiência de um esforço multilateral para contestar a medida. O juiz distrital dos EUA, John Coughenour, interrompeu um advogado do Departamento de Justiça por diversas vezes durante os argumentos para perguntar como ele poderia considerar a ordem constitucional. Quando o advogado, Brett Shumate, disse que gostaria de ter a chance de explicar em um documento completo, o juiz respondeu que a audiência era sua oportunidade para isso. A ordem temporária de bloqueio da medida de Trump, solicitada pelos estados do Arizona, Illinois, Oregon e Washington, foi a primeira a ser analisada por um juiz e tem aplicação nacional. O caso é um dos cinco processos movidos por 22 estados e vários grupos de defesa dos direitos dos imigrantes em todo o país. As ações incluem depoimentos pessoais de procuradores-gerais que são cidadãos norte-americanos por direito de nascimento e mencionam mulheres grávidas que temem que seus filhos não se tornem cidadãos dos EUA.

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