23/10/2024

TERCEIRAZADOS DO WALFREDO GURGEL ENTRAM EM GREVE POR SALÁRIOS ATRASADOS

Com pagamentos atrasados, terceirizados do Walfredo Gurgel entram em greve

Os funcionários terceirizados do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, iniciaram a greve da categoria nesta terça-feira (22). O motivo da mobilização é a falta de pagamentos dos salários e do vale alimentação referente ao mês de setembro. Entre os setores inclusos está o de nutrição, impactando o fornecimento da alimentação aos trabalhadores da Unidade. De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), o mesmo problema é constatado Hospital Santa Catarina, Hospital Regional de São José e Hospital Regional Tarcísio Maia. Em algumas dessas unidades, o fornecimento de refeições já foi suspenso desde a última segunda-feira (21).

Estão em greve e trabalhando apenas 30% dos profissionais do setor da nutrição, da empresa JMT; os profissionais da higienização, da Justiz e os maqueiros que são da Fortex. No Walfredo Gurgel, por exemplo, no plantão diurno trabalham 12 maqueiros, mas nesta terça-feira (22), só estão trabalhando quatro para atender os dois prédios do hospital. A lavanderia do hospital também só está funcionando com o contingente de 30%.

O Sindsaúde/RN resslata que o problema no atraso de pagamento dos terceirizados já foi debatido em mesas de negociação, mas não teve êxito. “O governo Fátima Bezerra (PT) nunca apresentou um plano B, mesmo o sindicato defendendo fornecimento de um vale alimentação para os servidores ou, no mínimo, a distribuição emergencial de quentinhas quando greves como essa acontecerem. O resultado, no entanto, é sempre o mesmo: os trabalhadores da saúde, que não tem culpa dessa situação, dando plantões longos e exaustivos com fome”, argumentam.

O sindicato afirma, ainda, que a situação também afeta a população e os setores dos hospitais. “O sindicato chegou a receber denúncias de que no Walfredo, por falta de carregador na farmácia, os setores ficarão desabastecidos de soro e a CME de gaze em rolo e estéril, tubo de silicone e compressa cirúrgica. Um caos generalizado que tem como ponto principal a terceirização e o desmonte dos serviços”, denuncia a categoria.

O Sindsaúde disse que procurou a SESAP para exigir que governo de Fátima Bezerra (PT) pague os profissionais das empresas terceirizadas e providencie, o quanto antes, a alimentação dos servidores e o restabelecimento dos serviços.

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