02/07/2024

RESUMO DE NOTÍCIAS


*O presidente da Argentina, Javier Milei, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira de “o perfeito dinossauro idiota” em uma publicação no X com uma série de críticas ao mandatário brasileiro, abrangendo temas como a tentativa de golpe de Estado na Bolívia na semana passada e a eleição presidencial em seu país no ano passado. “Sé tivéssemos feito as coisas como esse grande dinossauro idiota dizia, já teria perdido”, escreveu Milei no X. Em uma nova escalada da tensão entre os dois presidentes, Milei voltou a classificar a denúncia de golpe de Estado na Bolívia em 26 de junho como “fraude”, dizendo que Lula não aceita seu erro ao ter condenado a ação militar e deixa sua “estupidez à vista”. Ele também acusou o presidente brasileiro de interferência na eleição presidencial argentina do ano passado, quando o libertário superou o candidato governista, Sergio Massa, no segundo turno. Massa e o antecessor de Milei, Alberto Fernández, eram próximos a Lula. “Depois das agressões de Lula (em especial sua forte interferência na campanha eleitoral e apoio sólido a campanha mais suja da história), (ele) se queixa por que lhe respondo com a verdade”, afirmou Milei.


*O Ministério dos Povos Indígenas, chefiado pela ministra Sonia Guajajara, gastou cerca de R$ 11 milhões de janeiro do ano passado até maio deste ano com passagens aéreas e hospedagens a pessoas que não são servidoras. Os dados foram divulgados em uma reportagem do site O Antagonista nesta terça-feira (2) e obtidos por meio do Portal da Transparência. De acordo com o veículo, o pagamento de diárias da pasta resultou em um gasto total de R$ 6,9 milhões, resultando em uma média de R$ 3,6 mil por viagem. Já no caso das passagens, o ministério adquiriu 2 mil trechos nos primeiros 17 meses de gestão; Guajajara e gastou R$ 4 milhões de reais. Em média, cada trecho custou R$ 1,8 mil reais. Ainda, segundo o site, a pessoa que mais viajou pela pasta foi Hone Riquison Pereira Sobrinho, mais conhecido como Hony Sobrinho, amigo da ministra Sonia Guajajara. Hony teve 23 viagens custeadas pelo ministério no período e esse fato, inclusive, virou alvo de um procedimento investigatório junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).


*O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou um protesto e teve o caminho bloqueado, na manhã desta terça-feira (2), quando tentava chegar ao município de Parauapebas, no Pará. O líder conservador, que cumpre agenda em território paraense, disse que o bloqueio teria sido realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para impedir sua entrada em Parauapebas. – Estou retido na Rodovia PA-275, próximo a Parauapebas. Bloqueio do MST para impedir minha entrada na cidade – disse o ex-presidente à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Imagens enviadas por Bolsonaro mostraram objetos incendiados na pista, bloqueando passagens de automóveis. Por causa do ocorrido, agentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram chamados ao local do protesto e o movimento foi dispersado. O ex-chefe do Executivo está em viagem pelo Pará para o lançamento de pré-candidatos do PL a prefeituras no estado.


*O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atribuir a alta do dólar a uma “especulação contra o real”, após a moeda americana fechar a segunda-feira, 1º, a R$ 5,65, maior cotação desde 10 de janeiro de 2022. Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), nesta terça-feira, 3, ele afirmou que fará reunião em Brasília na quarta-feira, 3, para agir em relação à suposta especulação contra o real, que seria responsável pela alta no dólar. “É um absurdo. Veja, obviamente, me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real neste País”, declarou o presidente. Mas o desempenho do câmbio tem sido um reflexo do discurso adotado por Lula nas últimas semanas. Só no período de um mês, o dólar subiu 7,32% – em 2024, a alta é de 16,11%. No início de junho, a moeda estava cotada em R$ 5,23 e foi escalando a cada fala de Lula sobre Roberto Campos Neto, autonomia do Banco Central e gastos públicos (o presidente insiste em dizer que não há necessidade de cortar despesas).


*Again and again: o mercado repercutiu mais uma vez de forma negativa às novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e a promessa de que o governo discutirá medidas para o câmbio. O dólar, que abriu em queda, virou e passou a subir ante o real, em direção aos R$ 5,70. Às 13h05, o comercial operava em alta de 0,52%, a R$ 5,682 na compra e R$ 5,682 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto operava em alta de 0,47%, a 5,701 pontos. Antes da abertura do mercado, nesta terça-feira, em entrevista à rádio Sociedade, de Salvador, Lula disse que fará “alguma coisa” em relação à alta do dólar ante o real, mas evitou detalhar qual medida será tomada. Ele afirmou que há atualmente um ataque especulativo ao real, acrescentando que voltará a Brasília na quarta-feira e discutirá o que fazer em relação à alta do dólar. Ele também voltou a criticar o Banco Central, dizendo que a autarquia não pode estar a serviço do sistema financeiro e do mercado.


*Roberto Campos Neto disse nesta terça-feira (2) que, para executar bem o seu trabalho, o Banco Central brasileiro precisa se afastar das discussões políticas e tomar decisões técnicas. Participando de um evento internacional, o presidente do BC rebateu reiteradas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos juros altos e citou a “polarização” como risco para a economia do país no futuro próximo. Campos Neto participou nesta manhã de um fórum do BCE (Banco Central Europeu) em Sintra, Portugal, sobre os novos desafios para bancos centrais no mundo. No mesmo painel, estavam Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), e Christine Lagarde, presidente do BCE. A mestre de cerimônias do evento perguntou como Campos Neto via os recentes ataques de Lula chamando-o de “adversário e “inimigo”. O presidente do BC brasileiro respondeu afirmando que os bancos centrais precisam se afastar da arena política e tomar decisões técnicas. Campos Neto citou o recente histórico de atuação do BC para argumentar que seu trabalho é baseado em dados objetivos.

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