27/05/2024

'TODES', 'MENINES' E O STF - POR J. R. GUZZO

“Todes”, “menines” e o STF

O Supremo Tribunal Federal já funciona há muito tempo como o grande escritório de advocacia para as facções da esquerda que querem impor regras à sociedade brasileira sem ter de aprovar, antes, nenhuma lei no Congresso Nacional. Na verdade, é provavelmente a banca de advogados mais bem-sucedida do mundo: o cliente, quando leva alguma causa para lá, sempre ganha. Não há, francamente, como cobrar resultados melhores de uma equipe de defesa. O motivo para esses altos índices de aproveitamento está no fato de que o STF oferece um serviço que nenhum advogado pode oferecer: é ele mesmo que vai ser o juiz da ação. Para que, então, toda essa dor de cabeça de ficar tentando aprovar leis dentro do devido sistema legal, sobretudo se você tem apenas 20% dos votos na Câmara dos Deputados?

A última decisão do STF em favor de sua clientela é uma ordem do ministro Alexandre de Moraes que impõe, na prática, a aceitação da “linguagem neutra” nas escolas brasileiras — ou seja, essa coisa de dizer “todes” em vez de “todos” e “todas”, ou “menines” em vez de “meninos” e “meninas”. Eles dizem, é claro, que se trata de “desinformação”. O ministro mandou anular duas leis municipais que proibiam o ensino da linguagem neutra nas escolas dos municípios, só isso. Não está dizendo, nesse entendimento, que as escolas ficam obrigadas a ensinar as crianças a falar “ministre” — ou “supreme“, como o suprême de frango dos cardápios. Só está dizendo que podem. É mais uma enganação-raiz. Na vida real, os professores serão cada vez mais obrigados a obrigarem os alunos a se expressar numa língua que não existe — nem na gramática nem no falar cotidiano da população.

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