01/03/2024

MAS, NÃO ERA O PT QUE IRIA RESOLVER O PROBLEMA DOS YANOMAMIS?

Yanomamis: 257 mil unidades de medicamentos jogadas fora em 2023

O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-YY), subdivisão do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao atendimento dos yanomamis, jogou fora mais de 257 mil unidades de medicamentos em 2023.

Segundo o Estadão, os maiores mais descartes foram de ivermectina (48.228 comprimidos) e cloroquina (12.580 comprimidos), apostas de Jair Bolsonaro para o combate à Covid, mas que são indicadas para verminoses e combate à malária, doença comum na região, respectivamente.

Também foram descartados 1.690 unidades de Paxlovid, antiviral usado no combate à Covid, e outros insumos, como testes rápidos de Covid e de HIV.

Por meio de Lei de Acesso à Informação (LAI), o DSEI-YY informou que 86% dos medicamentos jogados no lixo perderam a validade ao longo de 2023 ou em anos anteriores (até 2015).

Ao jornal, a subdivisão do SUS afirmou que todo o processo de descarte de medicamentos é acompanhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). As últimas auditorias realizadas por esses órgãos aconteceram em junho e julho de 2023, respectivamente.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou atribuiu a responsabilidade ao descarte de medicamentos ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando ter herdado estoques de medicamentos “sem tempo hábil para distribuição e uso”.

“O Ministério da Saúde informa que, no início de 2023, a atual gestão se deparou com um cenário de crise humanitária do povo Yanomami causado pela desassistência e desestruturação da saúde indígena nos últimos anos. A Pasta também herdou estoques de medicamentos sem tempo hábil para distribuição e uso, comprados sem critérios ou planejamento.”

A pasta também disse que procura reestruturar as políticas de saúde indígena para evitar desperdícios e garantir a distribuição “de acordo com a necessidade”.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou na quinta-feira (22), que um ano “não foi suficiente” para o governo Lula (PT) “resolver todas as situações” referentes aos yanomamis.

Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato do petista, o território Yanomami registrou 363 mortes de indígenas. Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o governo contabilizou 343 mortes.

Com informações de O Antagonista

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